Descrição
Esta é a primeira obra do alemão
Hans Joas, um dos autores mais influentes da atualidade na área de Filosofia, traduzida para o português. Escrito em 2011 o livro aborda o candente tema dos direitos humanos, a partir de um estudo inovador e surpreendente sobre sua fundamentação histórica.
Onde residem as raízes dos direitos humanos? Teriam se originado na tradição judaico-cristã? Ou teriam surgido no bojo do iluminismo?
O autor rejeita ambas as hipóteses, rompe com interpretações usuais e constrói uma narrativa pouco convencional, sustentando que a noção universal de dignidade humana resultou de um profundo e complexo processo de sacralização da pessoa. Ao longo do tempo, cada ser humano passou a ser considerado "sagrado", a ponto de essa compreensão institucionalizar-se no direito.
Não se trata, porém, de atribuir um sentido exclusivamente religioso à ideia de "sacralização". Para Joas, esse conceito engloba conteúdos seculares: "Os direitos humanos são fruto, principalmente, de resistência contra a aliança de poder entre Estado e Igreja (católica) ou contra o cristianismo como um todo".
O pensador demonstra que a história da "sacralização" da pessoa não pode ser descrita a partir de uma história das ideias ou apenas com base em registros documentais. Para contá-la, é preciso recorrer a levar em conta a forma como as diversas tradições culturais foram articuladas, codificadas legalmente e assimiladas em práticas da vida cotidiana.
Direitos humanos, como o autor aqui demonstra, não espelham simplesmente consensos sobre princípios universais: eles derivam, sobretudo, de uma prática e de um discurso cultural e interdisciplinar sobre valores. Sua história consiste, portanto, de várias histórias.
Posição #23384 na lista de mais vendidos da Livraria 30porcento.
Dados Técnicos
Páginas: 304
Peso: 380g
ISBN: 9788539303656