Mudar o mundo sem tomar o poder, livro de John Holloway

Mudar o mundo sem tomar o poder

editora: BOITEMPO
"Que sonho! Que belo sonho! Vamos imaginar: um mundo sem políticos, sem capitalistas, sem Estado, sem capital, um mundo sem poder. Um sonho inocente e pouco realista, é verdade.Este livro é parte da luta pelo absurdo que não é absurdo, pelo impossível que é tão urgente! "Quando a esperança vencer o medo, definitiva e inequivocamente, o ?grito de rebeldia? ? nos campos e nas cidades, nas florestas e nas minas, nos assentamentos e nas fábricas, nas favelas e nas universidades ? se fará tão forte que o mundo dos poderes imperiais e dos poderes patriarcais, das burocracias e dos capitalistas, n... [Leia mais]
Descrição
"Que sonho! Que belo sonho! Vamos imaginar: um mundo sem políticos, sem capitalistas, sem Estado, sem capital, um mundo sem poder. Um sonho inocente e pouco realista, é verdade.Este livro é parte da luta pelo absurdo que não é absurdo, pelo impossível que é tão urgente! "Quando a esperança vencer o medo, definitiva e inequivocamente, o ?grito de rebeldia? ? nos campos e nas cidades, nas florestas e nas minas, nos assentamentos e nas fábricas, nas favelas e nas universidades ? se fará tão forte que o mundo dos poderes imperiais e dos poderes patriarcais, das burocracias e dos capitalistas, não poderá mais se sustentar. Mais do que uma esperança derivada da possibilidade eventual de algum ?bom governo? deverá nascer a confiança no poder-fazer sem o controle do Estado, do capital ou da miríade de pequenos poderes. É esse o desafio proposto por este livro: uma convocação para sair de toda esfera do poder, para pensar e fazer juntos, sem verdades e idéias prefixadas, em busca da esperança e do impossível. Nascido em Dublin, na Irlanda, John Holloway tornou-se doutor em Ciências Políticas pela Universidade de Edimburgo, Escócia ? onde lecionou de 1972 a 1998 ?, tendo-se diplomado ainda em Altos Estudos pelo College d?Europe. Sua preocupação sempre esteve centrada no estabelecimento dos vínculos existentes entre o Estado e a opressão do capital, culminando na percepção de que todo Estado constitui uma forma de poder que não pode negar a si mesmo, incluindo-se nessa categoria os Estados revolucionários. Transferido em 1993 para a Universidade de Puebla, Holloway entra em contato com a experiência zapatista e vislumbra um raio de possibilidade de ver rompida a gaiola global do poder imperial do capital.Neste livro, cujo próprio título estimula a polêmica, o autor faz a crítica do chamado ?marxismo científico? (talvez o mesmo que Kurz denominou de marxismo do movimento operário). Nesta sua obra revisionista, no melhor sentido do termo, Holloway chega a lembrar autores como Sorel que, diante da ?crise do marxismo? do fim do século XIX, entabulou uma crítica da ortodoxia, a qual enfatizava a cisão radical com a ordem do capital e do poder. Holloway aceita e radicaliza a formulação do fetichismo das relações humanas sob o domínio do Estado do capital proposto por Marx, mas busca amplo respaldo em Adorno e em sua ?dialética negativa?. Com isso procura mostrar que toda e qualquer instituição representa uma forma alienada de relação social e uma forma de poder. A única saída possível do mundo extremamente fetichizado e submetido a várias formas de poder, no qual nos encontramos, é ir para além do Estado e de todo poder, incluído, é certo, aquele contido nos micropoderes e nas relações de produção capitalistas. A crise do capital possibilita e estimula uma realidade material para o antipoder. Mas atenção: ele não surge do processo de crise da ordem do capital, mas da luta pela constituição de uma nova sociabilidade contra o Estado e contra o poder. O sujeito é formado por quem se rebela, por quem grita contra a ordem, por quem se coloca do lado de fora e contra o Estado e o poder. O livro não traz conclusões, pois trata-se de uma convocação para o poder-fazer livre e autonomamente. Sobre o autor: John Holloway é professor do Instituto de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade Autônoma de Puebla, no México. É autor de muitos livros, entre eles In and Against the State, State and Capital (con Sol Picciotto), Zapatista! Reinventing Revolution in Mexico (con Eloína Peláez), La Rosa Roja de Nissan e Marxismo, Estado y Capital. Publicado pela primeira vez em 2002, na Inglaterra, Mudar o mundo sem tomar o poder já foi traduzido na Espanha, Argentina, Coréia, Alemanha, Turquia e Itália.

Dados Técnicos
Peso: 410g
ISBN: 9788587767110