Selva Concreta, livro de Edyr Augusto

Selva Concreta

editora: BOITEMPO
Selva concreta é a nova ficção do jornalista, radialista, dramaturgo e escritor paraense Edyr Augusto Proença. Ambientado em Belém, o romance traz incômodas semelhanças com a experiência urbana de qualquer cidade na periferia do capitalismo. Explorando as patologias e os vícios do submundo próprios às metrópoles brasileiras, marcadas pela má distribuição de renda e pelo abuso de poder, Edyr compõe um retrato inusitado e desconfortante do Brasil contemporâneo.

O fluxo intenso da narrativa submerge as múltiplas fisionomias da obra na cadência fragmentada da cidade: o policial corr... [Leia mais]
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Descrição
Selva concreta é a nova ficção do jornalista, radialista, dramaturgo e escritor paraense Edyr Augusto Proença. Ambientado em Belém, o romance traz incômodas semelhanças com a experiência urbana de qualquer cidade na periferia do capitalismo. Explorando as patologias e os vícios do submundo próprios às metrópoles brasileiras, marcadas pela má distribuição de renda e pelo abuso de poder, Edyr compõe um retrato inusitado e desconfortante do Brasil contemporâneo.

O fluxo intenso da narrativa submerge as múltiplas fisionomias da obra na cadência fragmentada da cidade: o policial corrupto, o playboy, o apresentador de TV picareta, o radialista ávido por um furo de reportagem, o cagueta, o assassino de moças, a cantora queridinha, a mulher do malandro, o boa-praça e outros tipos compõem o universo urbano de quem vive em uma “selva concreta” marcada pela violência que vemos nas manchetes policiais e pela sujeira que está por trás delas.

Edyr Augusto é também autor de Casa de caba – obra que em 2007 ganhou edição em inglês pela britânica Aflame Books, com o título Hornets’ Nest –, Os éguas, Moscow e Um sol para cada um, todos publicados pela Boitempo.

Trecho do livro

“No outro dia, zanzou pela cidade, procurando. Nada. Passou na prefeitura. Quem sabe? Mariella Assumpção? Assim, da sua altura, cabelos negros, bonita. Eu sei. Filha da dona Amanda. Ih, essa história é o maior desgosto. Ela caiu nas graças do seu Cleofas. Quem é? Ele é dono da frota de barcos, coisa de pesca e produtos. Seu Cleofas comprou ela de dona Amanda e levou pra casa dele. Emprenhou e tem um filhinho, o Douglas. Aí ela tentou fugir. Ele pegou e mandou ela embora, mas ficou com o Douglas. Mais eu não posso lhe dizer e nem devia ter lhe contado isso porque o prefeito é “assim” com o seu Cleofas e vai pegar pra mim. Então, pra todos os efeitos, eu nunca te vi mais gordo. Só mais uma coisa: ela está na cidade? Não, ela está em Belém. Tem certeza? Ela não sai daquela cidade enquanto não pegar o filho de volta. Imagina, o menino tem vida de rei, cheio de luxo, vai voltar pra mãe que não tem nem onde cair morta? A senhora nunca ouviu falar da DJ Gatinha? Di o quê? Deixa pra lá. Onde ela fica em Belém? Não sei, né, porque eu não gosto de me meter na vida de ninguém, mas ela tinha uma tia lá. O senhor passa no final da tarde que eu tenho o endereço, mas, olhe, é sem compromisso, viu?

Sobre o autor

Edyr Augusto Proença é jornalista, radialista, redator publicitário, autor de teatro e de jingles. É autor de cinco livros de poesia: Navios dos cabeludos (1985), O rei do Congo (1988), Surfando na multudão (1992), Indêncio nos cabelis (1995) e Ávida vida (2011). Estreou em prosa na Boitempo Editorial, em 1988, com Os éguas. Desde então, publicou os romances Moscow (2001) e Casa de caba (2004) - obra que em 2007 ganhou edição em inglês pela britânica Aflame Books, com o título Hornets` Nest -, além do livro de contos Um sol para cada um (2008).

Dados Técnicos
Peso: 210g
ISBN: 9788575592861