Viagem ao Harz

Descrição

Tradução de Mauricio Mendonça Cardozo
Texto em apêndice de Théophile Gautier
Posfácio de Sandra M. Stroparo

144 p. - 14 x 21 cm
2013 - 1ª edição

Heinrich Heine (1797-1856) é um dos maiores poetas alemães, ao lado de Goethe e Schiller. Foi também jornalista, ensaísta e crítico literário, e sua poesia inspirou diversos músicos, especialmente Schumann, cuja obra Dichterliebe [Amor de poeta], baseada em seu Buch der Lieder [Livro das canções], é um dos pontos altos da canção lírica alemã. Publicada em 1826, a Viagem ao Harz iria compor mais tarde o primeiro dos quatro volumes dos Reisebilder [Quadros de viagem] organizados pelo autor. Após um ano de estudos na Universidade de Göttingen, o poeta é suspenso por envolver-se em um duelo - e nesse ponto tem início sua jornada pelo Harz, a maior cadeia montanhosa do norte da Alemanha, cujo pico mais elevado é o legendário Brocken, onde as bruxas celebram a Noite de Valpúrgis cantada por Goethe no Fausto.

A viagem, porém, é antes um fio condutor do que o tema principal do livro, que inclui poemas, reflexões sobre a vida, arte e política, descrições de paisagens, lugares e pessoas que encontra pelo caminho, relatos de sonhos e flertes passageiros - tudo isso visto por uma natureza poética peculiar, extremamente sensível a todo tipo de beleza e impiedosa com qualquer manifestação da estupidez humana.

Acompanham a inspirada tradução de Mauricio Mendonça Cardozo um estudo de Sandra M. Stroparo e o célebre ensaio de Théophile Gautier sobre o poeta alemão, de 1856. Como diz o próprio Heine em seu prefácio, "Este livro é um teatro de exibição. Entrem, entrem, não tenham medo!".

Sobre o autor

Heinrich Heine nasceu em 1797, em Düsseldorf, Alemanha. Filho de comerciantes judeus, escreveu seus primeiros poemas no fim da adolescência, quando se apaixonou por uma prima, filha de seu tio Salomon, rico banqueiro que será seu provedor por quase toda a vida. Estudou Direito nas Universidades de Bonn e Berlim. Heine alcançou a fama em 1826, com a publicação de seus Reisebilder [Quadros de viagem]. No ano seguinte, veio à luz seu Buch der Lieder [Livro das canções], famosa coletânea de poemas, muitos dos quais musicados por compositores como Schumann e Mendelssohn. Em 1831, motivado pela revolução que ocorrera no ano anterior na França, Heine instalou-se em Paris, onde moraria até sua morte. Nos anos 1840, produziu duas de suas obras mais conhecidas: Deustchland, ein Wintermärchen [Alemanha, um conto de inverno] e Atta Troll, ein Sommernachtstraum [Atta Troll, um sonho de uma noite de verão]. Faleceu em Paris, em 17 de fevereiro de 1856.

Sobre o tradutor

Mauricio Mendonça Cardozo é mestre e doutor em Letras: Língua e Literatura Alemã pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados na PUC-Rio e na Universidade de Mainz (Alemanha). Como professor associado da Universidade Federal do Paraná, atua no Bacharelado e no Programa de Pós-Graduação em Letras. É autor e organizador de vários livros e artigos nos campos da literatura e da tradução. Já verteu ao português, entre outros, as novelas A assombrosa história do homem do cavalo branco (2006) e O centauro bronco (2006), de Theodor Storm, e a antologia de poemas O tigre de veludo, de e. e. cummings (em coautoria com Adalberto Müller e Mario Domingues, 2007).