Tradução: Nilson Moulin
Durante mais de três séculos, de um extremo a outro da Europa, mulheres e homens acusados de feitiçaria contaram que haviam se reunido no sabá, encontro noturno em que, na presença do diabo, celebravam-se banquetes, orgias sexuais, cerimônias antropofágicas, profanações de ritos cristãos. Nessas descrições, muitas vezes obtidas sob tortura, hoje se tende a reconhecer o fruto das obsessões de inquisidores e juízes. Carlo Ginzburg, porém, propõe uma interpretação diferente: por trás da imagem enigmática do sabá, vemos aflorar pouco a pouco um estrato antiqüí...
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