Descrição
Título Original:
Das Narrenschiff
Ilustrações: Atribuídas a Albrecht Dürer
Tradução: Karin Volobuef
Formato: 16 X 23cm
Encadernação: Brochura
Páginas: 354
Peso: 537 gramas
Data de publicação: ago/2010
A nau dos insensatos (1494), de Sebastian Brant (1457-1521),
foi escrito como longo poema satírico, de perspectiva
moralizante, em que o autor aponta com dedo crítico e irônico
para a sociedade de seu tempo, denunciando as falhas e vícios
tanto da nobreza quanto do vulgo, não poupando Igreja,
Justiça, universidades e outras instituições. Em 112 capítulos,
cada qual dedicado a um tipo de insensato ou louco, Brant
censura os excessos e o desleixo, a avidez por dinheiro e a falta
de escrúpulos, a perda da fé e o desinteresse pelo cultivo do
intelecto. Em contraste com os sábios e prudentes, os insensatos
desfilam pelas páginas do texto deixando evidente sua
arrogância, grosseria, leviandade, indolência, gula, mentira,
violência... Enfim, sua falta de juízo e ponderação.
Com isso, o texto revela-nos um panorama vívido dos
costumes do final do séc. XV: os seresteiros noturnos sendo
afugentados da janela com o conteúdo dos pinicos; a falsificação
de dinheiro e a adulteração do vinho; o mensageiro
ébrio que não consegue recordar a notícia que deveria transmitir;
os exageros e o desconforto da moda mais recente; os
fiéis trazendo para dentro da igreja seus cães perdigueiros e
gaviões de caça; a mania de falar impropérios e lançar maldições.
A nau dos insensatos obteve sucesso imenso junto aos leitores!
Apesar de publicado quando o livro impresso ainda era
uma invenção relativamente recente (a imprensa de Gutenberg
é de 1440), havendo poucos livros e de preço muito alto,
o texto de Brant ganhou imediata notoriedade. Em vinte e sete
anos, até a morte do autor, o livro, em alemão, foi editado
quinze vezes.
E quem não leu
A nau dos insensatos deve tê-lo ouvido
dos pregadores nos púlpitos.
Logo surgiram traduções para várias línguas – em uma
época na qual a tradução ainda não era prática corrente. Em
1497 foi publicada uma tradução para o latim com o título
Stultifera navis, feita por de Jakob Locher (Philomusus), ex-aluno
de Brant. Esta versão serviu de base para as traduções
para o francês por Pierre Rivière (1497), Jean Drouyn (1498) e
autor anônimo (1499); para o holandês por Hans van Ghetelen
(1497) e Guy Marchant (1500); para o inglês por Alexander
Barclay e Henry Watson (ambas de 1509). Aliás, o livro de
Brant foi a primeira obra da literatura alemã a ser vertida para
o inglês!
Sobre o autor
Sebastian Brant nasceu em 1457 na cidade de Estrasburgo, que na época fazia parte do Império Romano-Germânico. Em 1475 iniciou o estudo de Direito e Línguas Clássicasna Universidade da Basileia, onde se formou como bacharelem 1477 e como licenciado em 1484. No ano seguinte casou-se com Elisabeth Burg, com quem teve sete filhos. Concluído o Doutorado em 1489, assumiu uma cátedra na mesma Faculdade, passando a lecionar Direito Canônico e Direito Romano(ou Civil). Ao mesmo tempo, atuava como advogado e juiz. Em 1499, a Basileia foi acolhida na Confederação Suíça, separando-se do Império, o que levou Brant, em 1500, a mudar-se de volta para Estrasburgo. Lá desempenhou diversos cargos públicos, sendo inclusive, em algumas ocasiões, chamado a atuar como conselheiro do imperador Maximiliano I. Quando faleceu, em 1521, era o autor alemão mais renomado em toda a Europa.
Posição #25552 na lista de mais vendidos da Livraria 30porcento.
Dados Técnicos
Peso: 551g
ISBN: 9788563739001