Mrs. Dalloway, livro de Virginia Woolf

Mrs. Dalloway

editora: COSACNAIFY
Tradução: Cláudio Marcondes
Posfácio: Alan Pauls

Toda a história do romance se passa num único dia, em junho de 1923, em que Clarissa Dalloway resolve ela mesma comprar flores para a festa que vai oferecer logo mais, à noite, em sua casa. A partir desta cena inicial, o romance segue a protagonista pelas ruas de Londres num ritmo cinematográfico, registrando suas ações, sensações e pensamentos. Em torno de Clarissa, gravitam vários personagens: o marido Richard Dalloway, a filha Elizabeth, um amigo de juventude que acaba de voltar da Índia, Peter Walsh, com quem ela tem g... [Leia mais]
Descrição
Tradução: Cláudio Marcondes
Posfácio: Alan Pauls

Toda a história do romance se passa num único dia, em junho de 1923, em que Clarissa Dalloway resolve ela mesma comprar flores para a festa que vai oferecer logo mais, à noite, em sua casa. A partir desta cena inicial, o romance segue a protagonista pelas ruas de Londres num ritmo cinematográfico, registrando suas ações, sensações e pensamentos. Em torno de Clarissa, gravitam vários personagens: o marido Richard Dalloway, a filha Elizabeth, um amigo de juventude que acaba de voltar da Índia, Peter Walsh, com quem ela tem grande conexão afetiva. Até mendigos que ela encontra na rua e o próprio Primeiro-Ministro vão entrar na história. Certos personagens atravessam o caminho de Clarissa, sem que ela se dê conta, e passamos a segui-los. É o caso de Septimus Warren Smith, um ex-combatente da Primeira Guerra Mundial arruinado pela doença mental.

Há simetrias, ressonâncias e descontinuidades, numa trama muito bem urdida por Virginia Woolf. A autora é prodigiosa na exploração dos desvãos da consciência e das ambiguidades entre os afetos e as convenções sociais. Passado e presente se intercalam, e acessamos os vários planos da subjetividade por meio de um elaborado uso do discurso indireto livre. Muito já se comentou sobre Mrs. Dalloway, desde que o livro foi publicado pela primeira vez, em 1925. O romance já foi considerado impressionista, criticado pela falta de unidade e reverenciado por ser revolucionário em termos de linguagem. Já se disse que a obra é incrivelmente contemporânea, fazendo uso de técnicas de justaposição e montagem, como no cinema. Há quem trate o livro como um romance feminino. Ou como um brilhante ensaio filosófico. Mrs. Dalloway também pode ser lido como um documento das transformações sociais e políticas dos anos 1920, ou como um romance psicológico. Ou mesmo como uma vibrante história de amor, com final aberto. A última palavra, evidentemente, é sempre do leitor.

Sobre a autora

Filha de pai nobre, liberal e intelectual, Virginia Woolf (1882-1941) desde cedo teve acesso à biblioteca paterna (o que era relativamente raro para uma mulher no período vitoriano), e parece ter fundido um grande conhecimento da tradição a uma adoção visceral das práticas e da poética do movimento renovador.

A escritora sempre teve uma vida conturbada, de início pela morte da mãe, em 1895, e em seguida pela morte do pai, em 1905. Mais tarde, ela perderia ainda o irmão Thoby, com quem fora à Grécia e de onde deriva o conto "Um diálogo no monte Pentélico". A partir de 1912, já casada com Leonard Woolf, têm início tanto a fase áurea de sua produção literária como as crises mentais que terminariam por levá-la ao suicídio, em 1941. Mesmo assim, em 1917, ela e o marido ainda estão suficientemente ativos para fundarem a célebre editora Hogarth Press, que existe até hoje.

Dados Técnicos
Peso: 730g
ISBN: 9788540501829