Lá pelos idos de 1940, um jacaré no Pantanal levantou a cabeça e tomou um susto: pela estrada ali perto, seu olho bateu num gringo de paletó, gravata e bigode, um fino bigode, olhando com um olhar de espanto e de encanto aquela paisagem. Não era outro senão o que veio a ser conhecido por outros espécimes da fauna tropical brasileira como Anatol Rosenfeld pensando. Com este ar de pensador, embebido na cultura alemã com tempero judaico – Kant e Thomas Mann, Heine e Brecht sob um olhar com piscadelas scholemaleichianas, ou, mais ocidentalmente, peretzianas –, de quem se delicia com a descobert...
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