O solitário trabalho de ateliê não basta à produção da arte. Ela não existiria sem a energia coletiva liberada cotidianamente no (e pelo) meio artístico, em função de uma complexa rede de trocas econômicas e simbólicas. O historiador e o jornalista, o marchand e o leiloeiro, o colunista e o colunável, o colecionador e o especulador, a decoradora e o museólogo têm cada qual parte ativa no processo. Eles estão, de um modo ou de outro, na origem de práticas e instituições sem as quais não haveria identidades, movimentos, hierarquias e cotações – valor e memória, enfim. As ilusões de estar “à m...
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