Antero de Quental, homem de personalidade estranha, sombrio, niilista, mas também virtuoso, humilde, atormentado "pelo olhar da esfinge", segundo a expressão de Miguel de Unamuno, "um santo que era um gênio" (Eça de Queirós), foi o destino mais trágico da literatura portuguesa.
Poeta e pensador, integrou a famosa geração de 70, que sacudiu a mesmice da vida portuguesa, procurando integrar o país no mundo moderno. Antero era o centro dessa geração brilhante, da qual faziam parte um Eça de Queirós, um Oliveira Martins, um Ramalho Ortigão.
Natural dos Açores, Antero (1842...
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