Em Carta à vidente, Antonin Artaud se despe diante da cartomante que visita, cujos olhos “percorrem vertiginosamente” as fibras de seu corpo e extirpa o mal do pecado. Artaud coloca-se aberto ao “abraço do mais-querer querendo mais amar”, ou do Grande Desejo, explicitado no texto de Sergio Lima “As cartas do vidente e vidências das cartas de amor”, que completa a edição.
Artaud segue as linhas de Arthur Rimbaud em “Carta do vidente”, duas cartas manuscritas de 1871, onde o último fez do poeta “vidente por meio de um longo, imenso e refletido desregramento de todos os sentido... [Leia mais]