As chamadas “revoltas da indignação” que eclodiram pelo mundo na década de 2010 são marcos incontornáveis para se buscar compreender os dilemas dos sistemas democráticos na atualidade. Muito esforço de investigação e análise ainda precisa ser feito para identificar suas origens, dinâmicas e consequências históricas. Um fato, contudo, parece evidente: a dispersão dos movimentos que protagonizaram esses acontecimentos, mais do que a sua institucionalização, é o que se observa nos diferentes países que sentiram o chão tremer com as multidões nas ruas.