Ao aliar estilo clássico, rigor formal e extrema consciência do momento presente, Ricardo Reis se destaca como um dos heterônimos mais fascinantes de Fernando Pessoa.
“Tão cedo passa tudo quanto passa!/ Morre tão jovem ante os deuses quanto/ Morre! Tudo é tão pouco!/ Nada se sabe, tudo se imagina/ Circunda-te de rosas, ama, bebe/ E cala. O mais é nada”, discorre Ricardo Reis na ode número 66. Marcada por referências mitológicas, concisão verbal, dicção rebuscada e disciplina estoica, sua poesia é capaz de engendrar profundas reflexões sobre a efemeridade da condição humana.... [Leia mais]