Morte na floresta, livro de Aparecida Vilaça

Morte na floresta

editora: TODAVIA
A Coleção 2020 foi criada e produzida durante a pandemia de Covid-19. Reúne autores e autoras que se dedicaram a refletir e a provocar o pensamento em livros breves, atuais e contundentes.

Em maio de 2020, a Covid-19 já havia chegado às aldeias de mais de setenta povos indígenas de diferentes partes do Brasil. No Alto Rio Negro, na cidade de São Gabriel da Cachoeira, os indígenas morrem em suas casas ou em filas de espera. Manaus, a capital brasileira com maior população indígena, é uma das mais afetadas pela pandemia.

Pela primeira vez em cinco séculos, nós, os in... [Leia mais]
R$ 32,00
preço de capa: R$ 39,90
economia de: R$ 7,90 (20%)
Frete Grátis
para pedidos acima de R$99,00 ou frete fixo de R$6,90 para todo o Brasil.
Parcele
sua compra em 3x de R$10,67 sem juros.
Apenas 5 em estoque.
Descrição
A Coleção 2020 foi criada e produzida durante a pandemia de Covid-19. Reúne autores e autoras que se dedicaram a refletir e a provocar o pensamento em livros breves, atuais e contundentes.

Em maio de 2020, a Covid-19 já havia chegado às aldeias de mais de setenta povos indígenas de diferentes partes do Brasil. No Alto Rio Negro, na cidade de São Gabriel da Cachoeira, os indígenas morrem em suas casas ou em filas de espera. Manaus, a capital brasileira com maior população indígena, é uma das mais afetadas pela pandemia.

Pela primeira vez em cinco séculos, nós, os invasores de seus territórios, experimentamos os mesmos sintomas, o desespero e a fragilidade diante de uma doença desconhecida, para a qual não temos anticorpos.

O projeto de extermínio das culturas indígenas, executado pela equipe que rege o Brasil desde janeiro de 2019, volta-se agora contra nós, que vemos nossas vidas em risco, nas mãos de governantes incompetentes.

Invadidos e desprotegidos, os indígenas sofrem as consequências do desmonte do sistema de saúde público. A extrema desigualdade brasileira os coloca ao lado dos pobres, fazendo-lhes companhia na parte de trás das mais diversas filas.

As vítimas preferenciais, os mais velhos, são os guardiães da memória ancestral. Essas mortes equivalem a incêndios em nossas bibliotecas, com a diferença de que os livros não poderão ser repostos. Como lembra a autora neste ensaio seminal: "A nossa civilização viral continua a sua marcha, em busca de outros corpos a explorar".

Dados Técnicos
Páginas: 56
Peso: 75g
ISBN: 9786556920283