Ensimesmando: Poemas de quarentena, livro de Sérgio Caponi

Ensimesmando: Poemas de quarentena

editora: PONTES
A Procelosa Poesia de Sérgio Caponi A poesia é a explosão da realidade, ou a realidade da explosão e em Sérgio Caponi, escritor, tradutor e acadêmico da Acadamia de Letras, de Campinas, a poesia é movimento contínuo, praticamente sem repouso, racionando com o mistério e voz pessoal ensimesmada de sonho, sob " a tigela do ser entornada". E vagueia o poeta, com bengala flutuante, dentro da realidade que "borbulha como azeite fervente". Mas há um lado planetário, cósmico, de geômetra das coisas, certo com a "Ode Triunfal", de Pessoa, que se há de "navegar e naufragar sem precisão alguma". Se... [Leia mais]
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Descrição
A Procelosa Poesia de Sérgio Caponi A poesia é a explosão da realidade, ou a realidade da explosão e em Sérgio Caponi, escritor, tradutor e acadêmico da Acadamia de Letras, de Campinas, a poesia é movimento contínuo, praticamente sem repouso, racionando com o mistério e voz pessoal ensimesmada de sonho, sob " a tigela do ser entornada". E vagueia o poeta, com bengala flutuante, dentro da realidade que "borbulha como azeite fervente". Mas há um lado planetário, cósmico, de geômetra das coisas, certo com a "Ode Triunfal", de Pessoa, que se há de "navegar e naufragar sem precisão alguma". Seu ritmo é cortante, ás vezes alucinado, alarmando-se diante do espetáculo do mundo. E lamenta, doído: "Não me salvam as andorinhas que voam". Pondo-se perplexo diante do incrível Universo: " E se Deus desistisse de sonhar?"/E se arquivasse, de vez, o projeto impossível da realidade?" Outro aspecto que se apresenta na sua poética é a luta entre " o eu e o outro", tão visível no lusitano Mário de Sá Carneiro, que acentua "pilar de mim para o outro". O poeta Sérgio Caponi estremece na inteligência do verso, entre ironia, escárnio, com retórica de interrogação e sentido polifônico, buscando a visão dialógica com Eliot, Pessoa, Lorca, Poe, o que é percurso da criação contemporânea. E, por fim, recria o mito fáustico, que é a eterna busca do homem pelo seu destino, encontrável também no Poeta de "Ode Marítima", como Goethe, ou em Valéry, em "MonFaust". Portanto, Sérgio Caponi, corporal, cético, devaneante, proceloso e lúcido, irmão dos sonhos, fala com feroz humanidade:"Além de tudo, há este barco/ Com que chego e parto/ O frágil lenho/ Em que me mantenho/ A nau sem porto/ Em que, cego, navego./ O corpo!" Rio, 12 de agosto de 2020 Carlos Nejar, escritor da Academia Brasileira de Letras.

Dados Técnicos
Páginas: 164
Peso: 272g
ISBN: 9786556370095