A fumaça de Troia mal sobe aos céus e já suas esposas, mães e filhas são partilhadas entre o exército grego, destinadas a servir a este ou aquele guerreiro. Poucas obras da literatura ocidental têm a carga reflexiva e emocional de As Troianas, de Eurípides, encenada em 415 a.C., e reescrita e reencenada desde então numa prova de sua inexaurível atualidade. Jean-Paul Sartre viu nela uma denúncia veemente de todo poder colonizador; outros a tomam como a peça que dá voz aos oprimidos, encarnados nas magistrais figuras femininas de Hécuba, Andrômaca e Cassandra.
Ifi... [Leia mais]