Lugares, jeitos e sujeitos

Descrição

A geografia se faz, também, na lama, na poeira, na chuva, "inverno" chuvoso e no "verão" seco amazônicos, pela BR-364 acreana, por entre meninas e meninos à espera de balas ou "bombons" jogados por gentes que vêm e que vão... No caminho de volta o projeto dos limites entre o Acre e o Amazonas encontra o Proredes-convênio UFAC/Fundação Ford, que em sua Atividade 6 discute as relações campo-floresta-cidade. Nesta interlocução e nas possibilidades de pesquisas, trabalhos de campo e produções escritas, orais e imagéticas, foram se reinventando jeitos e sujeitos da pesquisa, contribuindo para a formação de gentes, dentro e fora da Universidade, com um pensar e um fazer críticos, criativos e ousados. Este livro que fala em relatos, imagens e poesia, é parte desse pensar e desse fazer. Momentos importantes de investigação, aqui, por uma dúzia de municípios, que vagueiam por entre a divisa dos estados do Acre e do Amazônas. Cada palavra, cada imagem e cada verso, são tanto parte do autor como dos sujeitos, das gentes que se fizeram mais próximos pela a atenção e cumplicidade recíproca entre quem olhou e quem foi olhado. Os olhares, no entanto, se cruzam! Foi no choque dos reflexos dos olhos do autor e das gentes, que as centenas de páginas de Lugares, jeitos e sujeitos foram surgindo e refazendo o caminho de ida e volta por entre Bujari, Sena Madureira, Manuel Urbano, Feijó, Tarauacá, Envira, Cruzeiro do Asul, Guajará, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter.