Dublinenses, livro de James Joyce

Dublinenses

editora: HEDRA
Tradução de José Roberto O'Shea

Esta é a edição atualizada, revista e ampliada da clássica tradução que José Roberto O'Shea levou a cabo no início dos anos 1990. Consistindo praticamente em uma nova tradução, esta edição conta ainda com um estudo introdutório, notas, cartas de Joyce inéditas em português no apêndice e caricaturas e desenhos exclusivos do autor elaborados pelo artista Tulio Caetano especialmente para este lançamento.

Joyce adentra o cânone literário europeu como o mais decisivo narrador do modernismo, ao lado de Proust e Kafka, superando-os, no ent... [Leia mais]
Descrição
Tradução de José Roberto O'Shea

Esta é a edição atualizada, revista e ampliada da clássica tradução que José Roberto O'Shea levou a cabo no início dos anos 1990. Consistindo praticamente em uma nova tradução, esta edição conta ainda com um estudo introdutório, notas, cartas de Joyce inéditas em português no apêndice e caricaturas e desenhos exclusivos do autor elaborados pelo artista Tulio Caetano especialmente para este lançamento.

Joyce adentra o cânone literário europeu como o mais decisivo narrador do modernismo, ao lado de Proust e Kafka, superando-os, no entanto, em uma obra que assimila e amplifica a pesquisa artística das vanguardas modernistas e, ao mesmo tempo, retoma e desenvolve a grande narrativa realista, a partir do ponto em que a deixaram autores como Balzac, Flaubert, Zola, Dickens e James, por exemplo. A experiência narrativa de Joyce adensa-se na direção da consciência de suas personagens, incluindo, misturando e confundindo os diversos gêneros do discurso e pontos de vista. Joyce seria um poeta do finito e da matéria, uma matéria de que a consciência busca se apropriar da forma mais completa possível. É um narrador da percepção sensível, cuja repetição, muitas vezes, como ocorre também em Proust, invade o presente como um bloco de sensação pregressa e memória.

Em Dublinenses, Joyce busca apreender o espírito de toda uma cidade no conjunto de seus cidadãos. As personagens que povoam essa Dublin de papel são quase sempre rebaixadas e frívolas, marcadas pela frustração. Mas se Joyce acusa a Irlanda de sua época de paralisia, repressão e corrupção, ele o faz com compaixão, humor e lirismo.

Todos os quinze contos que compõem o livro, curtos em sua maioria, debruçam-se sobre pequenos dramas, e todas as personagens são potencialmente anônimas, calcadas, em certa medida, sobre um hipertipo formado por múltiplas qualidades particulares: “o dublinense”. São histórias de esperanças frustradas e epifanias, mas também denúncias de recalques e confissões muito peculiares à infância e à juventude. Jesuítas, mendigos, alcoólatras e artistas povoam velórios, pensões, cafés e comitês de província declarando seus preconceitos de classe e revelando seus dramas. E, no entanto, estão todos vivos nas páginas deste primeiro livro, e muitos reapareceriam nas obras seguintes. Dublinenses é o livro que marca o surgimento do narrador que o século XX esperava, além de ser a primeira grande realização de um autor que revolucionaria a forma do romance.

Sobre o tradutor

José Roberto O'Shea é professor titular de Literatura Inglesa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É mestre em Literatura pela American University, em Washington, e doutor em Literatura Inglesa e Norte-americana pela Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, com pós-doutorados na Universidade de Birmingham (Shakespeare Institute) e na Universidade de Exeter, ambas na Inglaterra, e pesquisador convidado da Folger Shakespeare Library, em Washington, (2010). Publicou diversos artigos em periódicos especializados, além de cerca de quarenta traduções, abrangendo as áreas de história, teoria da literatura, biografia, poesia, ficção em prosa e teatro.

Dados Técnicos
Peso: 280g
ISBN: 9788577150939