Cartas Entre Guido Beck E Cientistas Portugueses, livro de Augusto Jose Dos Santos Fitas, Antonio Augusto Passos Videira

Cartas Entre Guido Beck E Cientistas Portugueses

Ano: 2004
Paginas:330
Beck (1903-1988), físico austríaco de origem judaica, iniciou os seus estudos em Física Teórica em 1921 na Guido Universidade de Viena onde se doutorou em 1925. De 1928 a 1932 foi assistente de Werner Heisenberg (1901-1976) e com a chegada de Hitler ao poder perde o seu lugar, sendo obrigado a uma peregrinação de dez anos que o levaram de Praga ao porto de Lisboa, de onde partiu em Maio de 1943 para a Argentina. Durante esse período, Beck, como investigador ou professor de Física Teórica, deslocou-se pelas seguintes cidades: Praga, Kansas City, Odessa e Kiev,... [Leia mais]
Descrição
Ano: 2004
Paginas:330
Beck (1903-1988), físico austríaco de origem judaica, iniciou os seus estudos em Física Teórica em 1921 na Guido Universidade de Viena onde se doutorou em 1925. De 1928 a 1932 foi assistente de Werner Heisenberg (1901-1976) e com a chegada de Hitler ao poder perde o seu lugar, sendo obrigado a uma peregrinação de dez anos que o levaram de Praga ao porto de Lisboa, de onde partiu em Maio de 1943 para a Argentina. Durante esse período, Beck, como investigador ou professor de Física Teórica, deslocou-se pelas seguintes cidades: Praga, Kansas City, Odessa e Kiev, Copenhague, Paris, Lyon, Coimbra, Porto e Lisboa. Beck procurou Portugal pelo estatuto de neutralidade deste país e na esperança de salvar a sua mãe presa num campo de concentração. Em Portugal conhece, entre outros, Bento Jesus Caraça, Ruy Luís Gomes, António Aniceto Monteiro e Manuel Valadares que serão alguns dos seus correspondentes, sendo todos eles protagonistas de tentativas para modificar o incipiente ambiente científico português dos anos 1940. As cartas, arquivadas em diferentes lugares, apresentam, em detalhe, os esforços feitos para constituir um domínio de investigação numa área relativamente nova, mas já de grande importância, como era a Física Teórica. Não são apenas os seus esforços que são descritos nas cartas, mas também uma série de outras informações relevantes para a compreensão desse período, reconhecidamente tido como um dos mais ricos e importantes na história das ciências em Portugal, extinto por meio de um acto de força do regime salazarista, consumado na demissão colectiva de Junho de 1947 das várias lideranças científicas nacionais. AUGUSTO JOSÉ DOS SANTOS FITAS licenciou-se em Física na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e doutorou-se em Física na Universidade de Évora onde actualmente é Professor Associado. É, desde 1995, director do Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência desta universidade, unidade de investigação financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, onde desenvolve a sua investigação, em particular, sobre História da Ciência em Portugal no século xx. É co-autor do trabalho A Filosofia da Ciência no Portugal do século xx. ANTÓNIO AUGUSTO PASSOS VIDEIRA licenciou-se em Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil) e doutorou-se em Epistemologia e História das Ciências pela Universidade de Paris VII (França). Atualmente é professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É membro e líder de um Grupo de Pesquisa sobre Filosofia da Natureza cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. É autor do livro Henrique Morize e o ideal de Ciência Pura na República Velha.

Dados Técnicos
Peso: 500g
ISBN: 9789727717507