Oriente, engenho e arte - Imprensa e literatura de língua portuguesa em Goa, Macau e Timor Leste, livro de Hélder Garmes (Org.)

Oriente, engenho e arte - Imprensa e literatura de língua portuguesa em Goa, Macau e Timor Leste

editora: ALAMEDA
A língua portuguesa já teve maior presença no Oriente do que tem hoje. Desde o século XV, quando os navegadores lusitanos inauguraram a rota marítima entre a Europa e as então denominadas Índias, uma certa variante da língua portuguesa ganhou aos poucos o estatuto de língua comercial em toda a costa africana, assim como em alguns portos do Oriente, chegando até Macau, na China. Mas, além do comércio, os portugueses foram os primeiros a promover a difusão do cristianismo por tais regiões, levando na empreitada comercial, grupos de missionários jesuítas, franciscanos, dominicanos. São essas o... [Leia mais]
R$ 37,99
preço de capa: R$ 40,00
economia de: R$ 2,01 (5%)
Frete Grátis
para pedidos acima de R$99,00 ou frete fixo de R$6,90 para todo o Brasil.
Parcele
sua compra em 3x de R$12,66 sem juros.
Apenas 2 em estoque.
Descrição
A língua portuguesa já teve maior presença no Oriente do que tem hoje. Desde o século XV, quando os navegadores lusitanos inauguraram a rota marítima entre a Europa e as então denominadas Índias, uma certa variante da língua portuguesa ganhou aos poucos o estatuto de língua comercial em toda a costa africana, assim como em alguns portos do Oriente, chegando até Macau, na China. Mas, além do comércio, os portugueses foram os primeiros a promover a difusão do cristianismo por tais regiões, levando na empreitada comercial, grupos de missionários jesuítas, franciscanos, dominicanos. São essas ordens que vão de fato promover a difusão da língua portuguesa.

Os ensaios que compõem este livro tratam de parte da história dessas comunidades e identidades. O primeiro, de Hélder Garmes, busca investigar o modo como se constituiu, a partir de periódicos, o meio literário goês no século XIX. O de Regina Célia Fortuna do Vale centra sua argumentação na reflexão sobre a literatura goesa do século XX. O texto de Benjamin Abdala Junior vem ressaltar o aspecto político que a língua portuguesa ganhou na história recente do Timor. O ensaio de Benilde Justo Caniato parte do século XVI e apresenta um vasto percurso sobre a cultura e literatura macaenses até os dias de hoje. Já o de Mônica Simas reflete sobre a construção da identidade literária macaense, apontando suas estratégias e contradições.

O conjunto das análises, portanto, pretende trazer à cena espaços literários bastante marginais no âmbito da reflexão literária contemporânea no Brasil. Muito se pensa e se pensou sobre as características da identidade brasileira derivadas de nossa antiga condição de colônia de Portugal. Todavia, ainda há pouco interesse em se comparar o nosso processo colonial com o que aconteceu com as outras possessões portuguesas. É evidente o quanto a reflexão sobre a condição colonial brasileira ganharia com tal empreitada, já que temos aí procedimentos de dominação similares em espaços culturais distintos, fazendo com que o confronto de tais espaços ressalte suas respectivas peculiaridades.

Sobre o autor

Hélder Garmes é professor de literatura portuguesa da Letras-USP. Doutorou-se na mesma universidade com a tese A Convenção Formadora: Uma Contribuição para a História do Periodismo Literário na Colônias Portuguesas, defendida em 1999. É um dos autores do livro Literaturas em Movimento: Hibridismo Cultural e Exercício Crítico (Arte & Ciência, 2003).

Sumário

Apresentação
Benjamin Abdala Junior

Introdução
Hélder Garmes

Origem e estabelecimento da imprensa e da literatura em Goa
Hélder Garmes

Breve esboço da literatura de Goa em língua portuguesa contemporânea
Regina Célia Fortuna do Vale

Timor, nos horizontes da língua portuguesa
Benjamin Abdala Junior

Macau, história e cultura
Benilde Justo Caniato

Identidade e memória no espaço literário de língua portuguesa em Macau
Mônica Simas

Dados Técnicos
Peso: 230g
ISBN: 9788598325057