Identidades das nações. Uma breve história, livro de Peter Aronsson, Elizabeth Baquedano, Hussein Bassi, Stefan Berger, Jeremy Black, Mihir Bose, Ciaran Brady, Margaret Conrad, Wilhelmina J. Donkoh, Willem Frijhoff, Homa Katouzian, Dina Khapaeva, László Kontler, Emmanuel Le Roy Ladurie, Giovanni Levi, Antonis Liakos, Federico Lorenz, Zhitian Luo, Stuart Macintyre, Pirjo Markkola, Luiz Marques, Ryuichi Narita, Peter Onuf, Iwona Sakowicz, Pavel Seifter, Colin Shindle, Murat Siviloglu, Enric Ucelay-Da Cal

Identidades das nações. Uma breve história

Já se disse que no contexto das mídias sociais não é mais possível impedir a divulgação de notícias. Bilhões de pessoas mundo afora têm no bolso ou na bolsa um celular capaz de receber texto, vídeo, áudio e fotos. Ao mesmo tempo, esse aparelho pode publicar em todas as plataformas disponíveis. Nem mesmo os estados totalitários ainda existentes são capazesde impedir que os fatos, informações e notícias circulem: eles vazam, mesmo que os servidores digitais estejam sob a censura e o controle do Estado. Em outras palavras, tudo, de uma forma ou de outra, é compartilhado. Para o bem ou para ... [Leia mais]

Descrição

Já se disse que no contexto das mídias sociais não é mais possível impedir a divulgação de notícias. Bilhões de pessoas mundo afora têm no bolso ou na bolsa um celular capaz de receber texto, vídeo, áudio e fotos. Ao mesmo tempo, esse aparelho pode publicar em todas as plataformas disponíveis. Nem mesmo os estados totalitários ainda existentes são capazesde impedir que os fatos, informações e notícias circulem: eles vazam, mesmo que os servidores digitais estejam sob a censura e o controle do Estado. Em outras palavras, tudo, de uma forma ou de outra, é compartilhado. Para o bem ou para o mal.
Contudo, a forma e o volume das informações são segmentados. Com isso, as pessoas têm dificuldades de fazer contextualizações. E, sem estas, formar opinião sobre os fatos é mais difícil.
Outra dificuldade é o desconhecimento da história.
Como entender o que está acontecendo hoje se desconheço como as coisas chegaram ao nível em que se encontram? Contextualização histórica é fundamental para complementar os cenários desenhados pelas mídias digitais hoje.
Repito: nunca na história da humanidadeexistiram tantos pontos de emissão de informações e notícias. Ficou difícil esconder fatos. A facilidade de publicar, seja lá o que for, cria oportunidades para que conteúdos de baixa qualidade – ou de pouco compromisso com a verdade – ganhem amplo espaço e se misturem ao jornalismo que persegue a isenção e o interesse público. Assim, cabe ao público separar o joio do trigo e prestigiar o trigo, parafraseando Mark Twain. É verdade que, com a grande quantidade de dados em circulação – incluindo cópias adulteradas de fotos, vídeos, jornais e outros suportes –, a possibilidade de se acreditar em fake news aumenta. Hoje, elas são produzidas em escala industrial. Nos bastidores dos bits e bytes atuam os algoritmos que buscam selecionar e entregar aos consumidores os assuntos e notícias de que mais gostam.
Tentam identificar suas preferências de roupas, séries de TV, partidos políticos. No futuro, as organizações de notícias tradicionais podem perder a autonomia se não houver uma reversão de tendências no consumo de informações.
E parece que isso não está acontecendo. Mais do que nunca, é preciso contextualizar. Sem conhecer o passado, é impossível avaliar corretamente o presente e ter uma noção melhor do mundo em que vivemos. As novas pesquisas históricas sobre a Revolução Francesa, por exemplo, não desqualificam os estudos clássicos sobre o tema escritos no passado.
A desatualização dos estudos históricos faz parte de sua própria natureza. Daí a importância deste Identidades das nações: uma breve história, organizado por Peter Furtado. Os artigos apresentam países com papel fundamental na condução dos destinos da humanidade neste início de século XXI. Características importantes dessas nações, que formam suas identidades, são apresentadas de forma sucinta e instigante por especialistas nativos. Os leitores recebem informações pontuais e necessárias para entender os rumos que tomaram nações como China, Estados Unidos, Rússia, Japão, Brasil
e ainda outras – Irã, Israel, Gana, Turquia – menos conhecidas do leitor brasileiro. A evolução da identidade dessas nações e o entrecruzamento de suas histórias formaram o mundo em que
vivemos. O leitor tem em mãos, portanto, uma ferramenta importante para compreender
esse mundo.
Heródoto Barbeiro é historiador, professor, jornalista e autor de dezenas de publicações, entre as quais os livros Meu velho centro e Curso de história geral.
Atualmente é editor-chefe e âncora do Jornal da Record News em multiplataforma.



Dados Técnicos
Páginas: 296
Peso: 374g
ISBN: 9788594931832