Fundamentação da Metafísica dos Costumes

Descrição

A Fundamentação é a primeira e a mais conhecida das três obras que Kant dedicou à filosofia prática. Publicada pela primeira vez em 1785, não perdeu a atualidade e se tornou, juntamente com a Ética a Nicômaco de Aristóteles, com a qual é frequentemente contrastada, uma das obras mais influentes em toda a história da filosofia moral. Seu objetivo geral é formular e fundamentar o princípio que subjaz implicitamente a todo juízo moral particular. Na primeira das três partes em que a obra é subdividida Kant toma como ponto de partida a suposição de que a moralidade é uma condição para a busca da felicidade, não o contrário. Com base nisso, mostra que a moralidade consiste em agir por dever e que o seu princípio é a possibilidade de universalizar as máximas das ações. Na segunda parte, o ponto de partida é a noção da vontade como razão prática, com base na qual mostra que o princípio moral é um “imperativo categórico” para a vontade humana e pode ser formulado de maneiras alternativas, mas equivalentes. Tais são o princípio da humanidade como fim em si mesmo e o princípio da autonomia da vontade. Na terceira parte, Kant mostra que todo o ser dotado de razão se considera livre em suas ações e prova que o princípio moral é necessariamente válido para todo sujeito racional enquanto princípio de uma vontade autônoma.

Sobre o tradutor

Guido Antônio de Almeida é doutor em filosofia pela Albert-Ludwigs Universität Freiburg. Atualmente, é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, editor da revista “Analytica” e pesquisador do CNPq. Especialista no pensamento kantiano, Almeida traduziu várias obras do filósofo alemão.