A revolução invencível, livro de Massimo Di Felice e Cristobal Muñoz (orgs.)

A revolução invencível

editora: BOITEMPO
"[...] De onde menos se espera, explode uma rebelião que clama por dignidade. Nas montanhas do Chiapas, por exemplo. Por muito tempo calaram-se os indígenas maias. A cultura maia é uma cultura de paciência, que sabe esperar. Agora, quantas pessoas falam por essas bocas? Os zapatistas estão em Chiapas e estão em todas as partes. São poucos, mas têm muitos embaixadores espontâneos. Como ninguém os nomeou embaixadores, ninguém pode destituí-los. Como nada lhes é pago, ninguém pode contá-los. Nem comprá-los."
Eduardo Galeano

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Descrição
"[...] De onde menos se espera, explode uma rebelião que clama por dignidade. Nas montanhas do Chiapas, por exemplo. Por muito tempo calaram-se os indígenas maias. A cultura maia é uma cultura de paciência, que sabe esperar. Agora, quantas pessoas falam por essas bocas? Os zapatistas estão em Chiapas e estão em todas as partes. São poucos, mas têm muitos embaixadores espontâneos. Como ninguém os nomeou embaixadores, ninguém pode destituí-los. Como nada lhes é pago, ninguém pode contá-los. Nem comprá-los."
Eduardo Galeano

O mundo se surpreende com a aparição de um movimento formado em sua maioria por indígenas do sul do país, auto-intitulado Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), em homenagem ao líder da revolução mexicana Emiliano Zapata. As causas de sua insubordinação são as históricas formas de exclusão e pobreza a que é submetida a população indígena e a ausência de democracia que penaliza o conjunto da sociedade mexicana.

O porta-voz do EZLN é o hoje internacional "subcomandante" Marcos, expressão da unidade dos sete grandes grupos étnicos descendentes dos maias. Substituindo o conflito armado pelo enfrentamento eletrônico, os zapatistas fazem das "palavras andantes" sua arma principal. São esses os textos reproduzidos neste livro - cartas e comunicados assinados pelo líder zapatista, quase todos acrescidos de pós-escritos. Neles, o "sub" dialoga com personagens fictícios e utiliza uma linguagem sincrética que une, numa original e erudita forma literária, as culturas indígenas com o imaginário e as aspirações de todos os mexicanos e de todos aqueles que no mundo buscam democracia, igualdade e justiça.

Sobre os organizadores
Massimo Di Felice, sociólogo pela universidade La Sapienza de Roma e pós-graduando na Escola de Comunicação e Artes da USP, é um dos fundadores do Instituto de Pesquisa e Estudos da América Latina (IRSAL). Coordenou, com Cristobal Muñoz, a primeira edição italiana dos escritos de Marcos (Dalle Montagne del Sud-Est Messicano. Roma, Edizioni Lavoro, 1995).

Cristobal Muñoz, jornalista mexicano, vive na Itália, onde é correspondente do jornal Dia Latinoamericano e colabora com várias revistas e jornais italianos. É fundador do IRSAL e coordenou, com Massimo Di Felice, a edição italiana das cartas e comunicados do subcomandante Marcos.



Dados Técnicos
Peso: 350g
ISBN: 9788585934200