Novas Tecnologias, Direitos Intelectuais e Políticas Públicas - Vol.1

Descrição

As novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) são especialmente importantes ao se examinar a sua utilização nos segmentos juvenis, em especial pela noção comum de que exercem maiores atratividade e facilidade de uso por parte jovens, além de oferecer uma possibilidade ilimitada de interações. Constituem, assim, um universo "cultural" agregado a outros contextos diferenciais desse público, sejam socioeconômicos, éticos, morais ou políticos. Trata-se da perspectiva do protagonismo juvenil, no que tange à utilização dessas TICs, em especial no acesso às redes sociais. Por outro lado, não se pode negar o problema da desigualdade de acesso às tecnologias, visto haver ainda um contingente expressivo de jovens "excluídos" digitalmente, ou seja, sem acesso a computadores e/ou à internet. Pretende-se, neste ensaio, apresentar algumas considerações sobre a utilização cada vez mais frequente das redes sociais pela juventude, de forma a identificar possíveis tendências sociopolíticas que possam ser consideradas relevantes, no que concerne à participação e à mobilização de natureza social e política dos grupos. Num contexto no qual se sobressai uma sociedade de consumo e uma modernidade liquefeita (BAUMAN, 2001), indaga-se em que medida as redes sociais constituem, ou se possuem o potencial para constituírem, um modelo que possa ser demarcado como evolutivo e representar um aperfeiçoamento da democracia e um incremento da participação da sociedade, ou se cumprem um papel limitado à mera troca de informações. A partir da concepção da juventude, em termos precipuamente sociológicos, nos quais se delineiam algumas perspectivas elaboradas por autores contemporâneos, aborda-se aquela mais condizente com a participação juvenil na vida política e na construção da democracia, em sua expressão por meio das redes sociais como canal de mobilização.