O Antigo Regime no Brasil Colonial. Elites e Poder na Bahia do Século XVIII, livro de Eduardo José Santos Borges

O Antigo Regime no Brasil Colonial. Elites e Poder na Bahia do Século XVIII

editora: ALAMEDA
As duas primeiras décadas do século XIX não apresentam inquietações das camadas livres e dominantes da Bahia. Aconteceram várias de africanos, mas não de livres. O que se percebe, para depois da tentativa rebelde de artesãos e soldados em 1798, é um processo de ainda maior adesão dos estratos superiores da Bahia à ordem imperial. Essas camadas tinham compromissos estreitos com o Império, em um sistema cujo pressuposto era a lealdade ao rei, aquele que distribuía as premiações, terras, títulos e privilégios. Mediante uma lógica bem própria da cultura política do Antigo Regime, esses homens q... [Leia mais]
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Descrição
As duas primeiras décadas do século XIX não apresentam inquietações das camadas livres e dominantes da Bahia. Aconteceram várias de africanos, mas não de livres. O que se percebe, para depois da tentativa rebelde de artesãos e soldados em 1798, é um processo de ainda maior adesão dos estratos superiores da Bahia à ordem imperial. Essas camadas tinham compromissos estreitos com o Império, em um sistema cujo pressuposto era a lealdade ao rei, aquele que distribuía as premiações, terras, títulos e privilégios. Mediante uma lógica bem própria da cultura política do Antigo Regime, esses homens que se constituíam em elite colonial solicitavam empregos, funções, propriedades, mercês. Este livro trata desse jogo que foi praticado por séculos no sistema colonial português. Analisa essa economia de mercês, de concessões e de lealdades, tendo como objeto a trajetória da família Pires de Carvalho e Albuquerque no século XVIII, abordando o caminho da formação da sua riqueza e poder, fatores da espiral ascendente na qual esteve inserida, e lança luz para a compreensão de outras tantas trajetórias similares. Dentre os muitos aspectos positivos deste livro, evidencia-se a de que não havia uma condição colonial homogênea e oposta irremediavelmente a uma metrópole exploradora. A colônia também existe em razão da formação de elites locais que se alimentam dessas relações, na busca de reproduzir a sociedade estamental portuguesa na colônia. Elites que reclamam, pedem favores, cobram as contas pelos seus árduos trabalhos de manutenção da ordem e da renda colonial. Mas que não querem subvertê-la, pois essas reclamações visam a alcançar melhores posições, a remodelar pactuações, jamais a destruir um sistema que lhes nutria. Prof. Dr. Dilton Oliveira de Araújo UFBA.

Dados Técnicos
Páginas: 328
Peso: 481g
ISBN: 9788579394003