Cinema Cubano - Revolução e política cultural, livro de Mariana Villaça

Cinema Cubano - Revolução e política cultural

editora: ALAMEDA
assunto:
Este livro aborda a política cultural em Cuba entre 1959 e 1991 a partir da trajetória do Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos (Icaic). A historiadora Mariana Villaça examina os dilemas que envolviam as complexas e tensas relações arte/política ou, no caso cubano, arte/revolução. Através de um extenso levantamento baseado nos documentos institucionais, na revista Cine Cubano, em depoimentos, críticas e, principalmente, filmes, é possível discutir e compreender esse polêmico assunto em um dos períodos mais emblemáticos da América Latina contemporânea.

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Descrição
Este livro aborda a política cultural em Cuba entre 1959 e 1991 a partir da trajetória do Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos (Icaic). A historiadora Mariana Villaça examina os dilemas que envolviam as complexas e tensas relações arte/política ou, no caso cubano, arte/revolução. Através de um extenso levantamento baseado nos documentos institucionais, na revista Cine Cubano, em depoimentos, críticas e, principalmente, filmes, é possível discutir e compreender esse polêmico assunto em um dos períodos mais emblemáticos da América Latina contemporânea.

A singularidade está presente no fato de trazer à tona os resultados mais tangíveis dos filmes. A busca de caminhos novos permitiu a construção de uma filmografia que atendesse às demandas trazidas pela Revolução: diretores e críticos debateram o neo-realismo, o free cinema, os limites do realismo socialista, a nouvelle vague, o Cinema Novo, o nuevo cine latinoamericano e a ideia de um cinema popular. Os filmes são produtos da ação dos cineastas que operavam no interior do Icaic, formando aquilo que a autora denomina “micro-circuitos culturais”. As obras constituem o espaço privilegiado de manifestação do estético, investigados no sentido de avaliar os projetos ideológicos que lhes deram suporte, dessa forma, a relação entre contexto e obra somente pode ser definida pelo historiador se ele examina como o sentido de um filme foi produzido. Em todos os casos trazidos pela autora, as ficções e os documentários pontuam os dilemas dos intelectuais cubanos, as dificuldades de elaboração dos monumentos imagéticos pretendidos pelo Icaic, indicam as tensões com o seu presente.

Cinema Cubano permite ao leitor entrar em contato com a história do próprio cinema moderno. Por isso ele representa uma valiosa contribuição para os estudiosos interessados nas relações entre cinema e História ou, de maneira mais ampla, arte e política.

Sobre o autor

Mariana Villaça, doutora em História pela Universidade de São Paulo, é professora de História da América na Universidade Federal de São Paulo. Em suas pesquisas vem se dedicando às relações entre arte e política na América Latina. Participou da coletânea História e Cinema (Alameda, 2007) e é autora, entre outros trabalhos, de Polifonia Tropical (Humanitas, 2004) e José Martí (Fundação Memorial da América Latina, 2008).

Dados Técnicos
Peso: 535g
ISBN: 9788579390432