Psicologia das multidões

Descrição

“As verdadeiras convulsões históricas não são as que nos espantam por sua grandeza e violência. As únicas mudanças importantes, aquelas das quais provêm a renovação das civilizações, produzem-se nas opiniões, concepções e crenças...” As idéias expostas nesta obra, publicada pela primeira vez em 1895, pareceram na época paradoxais. Entretanto, este texto não sofreu nenhuma modificação nas edições posteriores, tornou-se um clássico traduzido em várias línguas. Sua leitura e seu estudo são sempre atuais e fazem parte da formação de todas as novas gerações de jovens sociólogos.

Sobre o autor

Gustave Le Bon estudou medicina em Paris, formando-se em 1866. Viajou pela Europa, Ásia e norte da África e escreveu vários relatos e trabalhos de arqueologia e antropologia, incluindo A Civilização Árabe(1894) e As Civilizações da Índia (1893).

Seu livro psicologia das multidões (1895) foi um sucesso, dando-lhe o título de fundador da psicologia social. Freud reconheceu a contribuição do livro na elaboração de sua teoria sobre o inconsciente.

Le Bon publicou trabalhos de temas variados como a higiene, equitação e física (matéria e energia), além dos de política e sociologia. Depois de Psicologia das Multidões, lançou Revolução Francesa e Psicologia da Revolução (1912). Sobre seu interesse por vários campos do conhecimento, o escritor francês Raymond Queneau disse: “químico, físico, médico, sociólogo, psicólogo, filósofo, arqueólogo, experimentador, artista, viajante, que espírito podemos comparar a Gustave Le Bon? Seria preciso ir até Leibniz, até Leonardo da Vinci, para encontrar uma tal universalidade, uma tal genialidade”.

Participou ativamente da vida intelectual francesa, sendo editor da coleção “Bibliothèque de Philosophie scientifique” na editora Flammarion. Publicou autores como Henri Bergson, William James, Henri et Lucien Poincaré, Félix Le Dantec, William James, Marie de Bonaparte, Cesare Lombroso e William Maxwell. Organizava reuniões semanais, os almoços de quarta-feira, onde convidava intelectuais como Paul Valéry para participar de discussões sobre temas da época.

Morreu em 1931, em Paris.