O paradoxo da moral, livro de Vladimir Jankélévitch

O paradoxo da moral

assunto:
Tradução de Eduardo Brandão

Para Jankélévitch, a filosofia moral – que é o primeiro problema da filosofia – se apresenta ao pensador que se aventurar a pensar a moral como o cúmulo da ambigüidade e do inapreensível. Ao invés de apresentar mais um tratado de filosofia moral, o autor extrai e expõe a infinita cadeia de contradições e paradoxos que habitam a consciência do homem; ele não atribui soluções ao impasse em que estas contradições nos colocam, mas nos incita a submergir na ação e a viver com clareza até o final esta tensão inevitável entra a entrega (o amor) e o egoísmo (o... [Leia mais]
Descrição
Tradução de Eduardo Brandão

Para Jankélévitch, a filosofia moral – que é o primeiro problema da filosofia – se apresenta ao pensador que se aventurar a pensar a moral como o cúmulo da ambigüidade e do inapreensível. Ao invés de apresentar mais um tratado de filosofia moral, o autor extrai e expõe a infinita cadeia de contradições e paradoxos que habitam a consciência do homem; ele não atribui soluções ao impasse em que estas contradições nos colocam, mas nos incita a submergir na ação e a viver com clareza até o final esta tensão inevitável entra a entrega (o amor) e o egoísmo (o ser) e entre o dever e o direito. O Paradoxo da Moral, um dos últimos livros do autor, propõe uma reflexão que é contrária a toda ideia preconcebida e que tira o equilíbrio e desconcerta o incauto ou o desprevenido, que, logo no início, perde de vista o mundo granítico das verdades predeterminadas.

Sobre o autor

Vladimir Jankélévitch (1903-1985), filósofo francês de origem russa, nascido em Bourges. Seu pai foi tradutor de Freud, Hegel e Schelling. Jankélévitch estudou na École Normale Supérieur e foi professor da Sorbonne (cátedra de filosofia moral) de 1951 a 1979. Expulso do corpo docente da universidade de Toulouse por ser judeu, participou ativamente da resistência antinazista.

Também foi estudioso da música, essencialmente russa e francesa, que é inseparável do seu pensamento. Escreveu, entre outros: La Mauvaise conscience, Traité des vertus, Debussy et le mystère de l´instant e Curso de filosofia moral.

Seu pensamento foi muito influenciado por Henri Bergson (sobre quem escreveu seu primeiro livro, Henri Bergson; ver artigo do professor de filosofia da USP, Franklin Leopoldo).

Marcou várias gerações de estudantes da Sorbonne com seus cursos de moral e metafísica, com sua personalidade e a maneira inusual de abordar a música dos séculos 19 e 20.

Filósofo combatente, aliou as lutas do seu século (resistência, memória do indizível) à sua vida. Seu combate era de fazer reconhecer a primazia da moral sobre outras instâncias. Apaixonado pela música, sua reflexão é tanto filosófica como estética.

Jankélévitch desenvolveu uma reflexão sobre a existência da consciência no tempo. Fazendo variações em torno de alguns temas dominantes – o tempo e a morte, a pureza e o equívoco, a música e o inefável – a filosofia de Jankélévitch se esforça para exprimir a precariedade da existência.

Dados Técnicos
Peso: 380g
ISBN: 9788578270278