Elixir do Pajé - Poemas de humor, sátira e escatologia

Descrição

Elixir do pajé -- poemas de humor, sátira e escatologia contém uma seleção da produção poética de Bernardo Guimarães. O leitor irá descobrir a vertente mais rica e ainda pouco conhecida da obra do autor: a paródia agressiva aos clichês do indianismo de "Elixir do pajé", a exuberância nonsense de poemas como “Soneto” e “Mote estrambótico”, o jogo escatológico de A origem do mênstruo, a leveza satírica de “À moda” e a obra-prima A orgia dos duendes.Sobre o autor

Bernardo Guimarães (Ouro Preto, 1825--id., 1884) pertenceu ao célebre grupo romântico da Faculdade de Direito de São Paulo em que se destacavam também seus amigos Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa. Com eles organizou a Sociedade Epicureia, orgão dedicado a leituras dos chamados “poemas bestialógicos”, farras estudantis, extravagâncias diversas e incursões pela moda do satanismo. Ao terminar o curso de Direito, Bernardo retornou a Ouro Preto, onde nascera. E depois de duas passagens pelo Rio de Janeiro e pelo jornalismo, fixou-se definitivamente em sua cidade natal. É autor de Poesias (1865, reunindo Cantos da solidão, Inspirações da tarde, Poesias diversas, Evocações, A baía de Botafogo), Novas poesias (1876) e Folhas de outono (1883). De alcance entre modesto e medíocre, a poesia lírica do romântico Bernardo está marcada por inflexões neoclássicas. É possível que suas dificuldades como poeta lírico tenham levado Bernardo a dedicar-se a romances ligeiros e de fácil aceitação em sua época, como é o caso de Rosaura, A escrava Isaura, O ermitão do Muquém e O seminarista. Mas é a obra satírico-escatológica, humorística e nonsense de Bernardo que o distingue como um poeta inventivo e dotado de atualidade.