A carteira de meu tio, livro de Joaquim Manuel de Macedo

A carteira de meu tio

editora: HEDRA
assunto:
A carteira de meu tio (1855) é um romance satírico que data da entrada de Macedo no núcleo político do Segundo Império, cujo ambiente pôde examinar de perto a partir de 1854, quando se elegeu deputado pelo Partido Liberal. Em uma clara dissonância com sua novelística mais sentimental, Macedo, através da irônica figura do “sobrinho de seu tio”, se revela um fiel observador e cáustico crítico da corrupção e da impunidade. Desejoso de ingressar na carreira política, o sobrinho é obrigado pelo tio a empreender uma viagem pela Província do Rio de Janeiro para tomar conhecimento da realidade do p... [Leia mais]
Descrição
A carteira de meu tio (1855) é um romance satírico que data da entrada de Macedo no núcleo político do Segundo Império, cujo ambiente pôde examinar de perto a partir de 1854, quando se elegeu deputado pelo Partido Liberal. Em uma clara dissonância com sua novelística mais sentimental, Macedo, através da irônica figura do “sobrinho de seu tio”, se revela um fiel observador e cáustico crítico da corrupção e da impunidade. Desejoso de ingressar na carreira política, o sobrinho é obrigado pelo tio a empreender uma viagem pela Província do Rio de Janeiro para tomar conhecimento da realidade do país, e, durante a viagem, os problemas sociais vêm à tona a cada passo. Com tipos alegóricos como Paciência, representante da esperançosa e pacífica subordinação dos pobres, e Constante, fiel defensor do governo, o livro expõe, através da sátira, um cenário grotesco e ridículo, revelando uma outra faceta romântica, menos idealizada e mais presa ao mundo histórico e suas regras.

Sobre o autor

Joaquim Manuel de Macedo (Itaboraí, 1820 – Rio de Janeiro, 1882) é um dos principais escritores do romantismo. Formou-se em Medicina, com tese de doutorado sobre a nostalgia, mas ocupou-se como professor, no Colégio Pedro II, e como político, tendo exercido diversos mandatos de deputado pelo Partido Liberal. Foi também preceptor dos netos do imperador Dom Pedro II. Publicou A moreninha em 1844, a obra inaugural da ficção romântica brasileira, consagrando-se de imediato.

Trata-se do romance inaugural do Romantismo brasileiro, movimento ideológico e estético dos mais decisivos para a constituição de um ideário intelectual no Brasil. Em 1849 funda a revista Guanabara, com Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre, onde publica seus escritos. Em sua obra ficcional, o autor explora a narrativa folhetinesca, marcada por conflitos sentimentais, pelos retratos de costumes e de classes e por estilemas narrativos de razoável previsibilidade. Escreveu dramas, poemas, memoriais e romances, destacando-se A torre em concurso, A nebulosa, A luneta mágica e Memórias da rua do Ouvidor.

Dados Técnicos
Peso: 120g
ISBN: 9788577151684