As armas da crítica - Antologia do pensamento de esquerda, livro de Ivana Jinkings, Emir Sader (Orgs.)

As armas da crítica - Antologia do pensamento de esquerda

editora: BOITEMPO
assunto:
Quase cem anos depois da primeira revolta proletária bem-sucedida no mundo, a Revolução Russa, quando a palavra “revolução” de certo modo se banaliza e alguns chegam a proclamar o fim da história, a Boitempo Editorial publica uma antologia que reúne alguns dos principais textos “clássicos” do pensamento marxista. As armas da crítica, organizado por Ivana Jinkings e Emir Sader, traz textos de Karl Marx, Friedrich Engels, Vladimir Lenin, Leon Trotski, Rosa Luxemburgo e Antonio Gramsci.

A escolha pelos marxistas para esta coleção se deve ao fato de o marxismo constituir a espinha... [Leia mais]
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Descrição
Quase cem anos depois da primeira revolta proletária bem-sucedida no mundo, a Revolução Russa, quando a palavra “revolução” de certo modo se banaliza e alguns chegam a proclamar o fim da história, a Boitempo Editorial publica uma antologia que reúne alguns dos principais textos “clássicos” do pensamento marxista. As armas da crítica, organizado por Ivana Jinkings e Emir Sader, traz textos de Karl Marx, Friedrich Engels, Vladimir Lenin, Leon Trotski, Rosa Luxemburgo e Antonio Gramsci.

A escolha pelos marxistas para esta coleção se deve ao fato de o marxismo constituir a espinha dorsal das teorias e práticas da esquerda desde que esta se firmou como força política e ideológica ao longo do século XX.

Este livro inaugura um projeto planejado para três volumes, divididos entre os autores clássicos, os do chamado marxismo ocidental e os contemporâneos. Abrindo o primeiro volume – dos clássicos – estão escritos dos fundadores do marxismo, Marx e Engels. Seguem-se a eles textos redigidos pelos mais destacados teóricos e dirigentes políticos do ciclo revolucionário do fim dos anos 1910 e do momento imediatamente posterior à Primeira Guerra Mundial: Lenin, Trotski, Rosa Luxemburgo e Gramsci. Todos são exemplos consagrados da capacidade de articulação entre teoria e prática, reflexão e ação, nos momentos de ascensão e de refluxo do movimento comunista.

Cada texto tem uma introdução, na qual se encontram as referências bibliográficas das edições originais e o nome dos tradutores e revisores técnicos. O volume inclui ainda um índice onomástico e indicações bibliográficas para os leitores que quiserem se aprofundar mais nos temas abordados.

Os autores apresentados também compartilham características. Foram ao mesmo tempo teóricos e militantes, pensadores e dirigentes revolucionários. Além disso, a prática política, o âmbito partidário, as esferas nacionais e internacionais foram sempre seus espaços de reflexão e de ação. Nenhum deles se dedicou a carreiras acadêmicas, nem por isso deixaram de valorizar extraordinariamente a teoria, construindo obras de porte monumental como formas de decifrar a realidade e fundamentar a ação política.

“Melhor que uma ferramenta: um arsenal de armas, as tais ‘armas da crítica’, tão indispensáveis ao combate revolucionário quanto seu complemento dialético, a crítica das armas”, afirma o sociólogo radicado em Paris, Michael Löwy, diretor emérito de pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS). Para ele, o livro “constitui sem dúvida uma excelente ferramenta não só para entender, mas também para transformar o mundo, como bem diz a famosa Tese 11 de Karl Marx sobre Ludwig Feuerbach”.

Mas, por que voltar aos clássicos do marxismo em um momento destes? Löwy ressalta três características marcantes dos textos selecionados: a relevância e pertinência dessas análises que se mostram atuais 100 ou 150 anos depois de sua publicação; a impressionante diversidade dos grandes textos do marxismo, muitas vezes convergentes, outras divergentes ou complementares; e a natureza dinâmica do pensamento que se desenvolveu a partir de Marx e Friedrich Engels, produzindo conceitos novos, como imperialismo, hegemonia e revolução permanente.

“Os grandes pensadores comunistas pagaram caro por seu compromisso com a causa dos oprimidos e dos explorados. O que seus algozes não conseguiram matar, prender ou exilar foram suas ideias, as quais, graças a livros como este, continuarão a atrapalhar o sono dos poderosos – e a inspirar a revolta dos subalternos”, afirma o sociólogo.

“Se ser de esquerda é lutar pela igualdade, esperamos que a leitura – ou a releitura – desses escritos represente um passo adiante na luta, sempre atual e renovada, contra a fonte maior de desigualdades, o capitalismo”, concluem os organizadores no texto de apresentação. “Que a leitura desses clássicos nos torne cada vez mais contemporâneos do nosso presente. Que nos leve a pensar na história como uma permanente aventura de liberdade e de utopias, fazendo da articulação entre teoria e prática a chave da construção de um futuro que vislumbre a emancipação humana”.

Sumário

KARL MARX e FRIEDRICH ENGELS

1 Manifesto Comunista
2 A ideologia alemã
3 Mensagem do Comitê Central à Liga [dos Comunistas]
4 O 18 de brumário de Luís Bonaparte
5 Grundrisse
6 Contribuição à crítica da economia política
7 O capital
8 A guerra civil na França


VLADIMIR ILITCH ULIANOV LENIN

9 Que fazer?
10 Imperialismo, fase superior do capitalismo
11 O Estado e a revolução


LEON TROTSKI

12 Balanço e perspectivas
13 A revolução permanente
14 A revolução traída


ROSA LUXEMBURGO

15 Greve de massas, partido e sindicatos
16 A acumulação do capital ou O que os epígonos fizeram da teoria marxista: uma contracrítica (excertos)
17 Sobre a Revolução Russa


ANTONIO GRAMSCI

18 A revolução contra O capital
19 O conceito de revolução passiva
20 O problema da direção política na formação e no desenvolvimento da nação e do Estado moderno na Itália
21 Observações sobre alguns aspectos da estrutura dos partidos políticos nos períodos de crise orgânica


Sobre os organizadores

Ivana Jinkings: é editora da Boitempo e da revista Margem Esquerda. Coordenou a Latinoamericana: enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe (com Emir Sader, Rodrigo Nobile e Carlos Eduardo Martins, 2006) – vencedora do Prêmio Jabuti de Melhor Livro do Ano de Não Ficção em 2007 – e coorganizou As utopias de Michael Löwy: reflexões sobre um marxista insubordinado (com João Alexandre Peschanski, 2007) e István Mészáros e os desafios do tempo histórico (com Rodrigo Nobile, 2011), todos pela Boitempo.

Emir Sader: é professor aposentado de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP), professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e secretário-executivo do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso). É autor, entre vários outros livros, de A vingança da história (2003) e A nova toupeira (2009), ambos pela Boitempo, tendo sido este último ganhador do Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ciências Humanas e também publicado na Argentina (Siglo XXI), Espanha (El Viejo Topo) e Inglaterra/Estados Unidos (Verso).

Dados Técnicos
Peso: 410g
ISBN: 9788575592151