Sardenha como uma infância, livro de Elio Vittorini

Sardenha como uma infância

editora: COSACNAIFY
Tradução de Maurício Santana Dias

Sardenha como uma infância está dividido em 43 capítulos curtos, em que o leitor entra em contato com a realidade viva da Sardenha pelo poder de evocação do narrador e por seus extraordinários dons de observação. O texto é fluente, poético, porém nada tem de casual. É comandado por um hábil narrador que controla o ritmo, distribui o material descritivo e decide como impactar o leitor. Podem ser cabras, asnos, lavradores encapuzados, sinos enormes. Ou pássaros, escadarias vistas de ângulos inusitados, torres, granitos, altiplanos, encostas.
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Descrição
Tradução de Maurício Santana Dias

Sardenha como uma infância está dividido em 43 capítulos curtos, em que o leitor entra em contato com a realidade viva da Sardenha pelo poder de evocação do narrador e por seus extraordinários dons de observação. O texto é fluente, poético, porém nada tem de casual. É comandado por um hábil narrador que controla o ritmo, distribui o material descritivo e decide como impactar o leitor. Podem ser cabras, asnos, lavradores encapuzados, sinos enormes. Ou pássaros, escadarias vistas de ângulos inusitados, torres, granitos, altiplanos, encostas.

Elio Vittorini não se impressiona com os vestígios da cultura milenar, como a visão dos nuragues (as torres cônicas de pedra, de mais de sete mil anos). Prefere se fixar na expressão de um camponês com uma barba de dez dias. Descreve homens que extraem cortiça dos sobreiros, um chinês que circula carregado de colares, uma velha centenária. Ouve as vozes de colegiais que respondem em coro às perguntas de um professor, vindas do pátio de uma igreja.

O narrador – ele mesmo – se imiscui na narrativa, aqui e ali, de modo peculiar. Atira-se nu na água gelada. Tem vontade de trocar socos com seus companheiros de viagem. Imagina o sono sensual das mulheres, à tarde, por trás das cortinas de junco.

Sobre o autor

Escritor e poeta italiano, Elio Vittorini nasceu em Siracusa, na Sicília, em 1908. Foi um dos principais autores da literatura italiana contemporânea. Autodidata, exerceu as funções de jornalista, tradutor, crítico literário e editor, além de romancista. Atuou em diversas publicações, entre elas a revista Il Menabò, que fundou ao lado de Italo Calvino. Também trabalhou na editora Einaudi, onde travou polêmica com o escritor Tomasi di Lampedusa por recusar-se a publicar o romance O Leopardo. Entre suas principais obras estão O cravo vermelho, livro iniciado em 1933 e publicado em 1948 (obra que se tornou filme em 1976, com direção de Luigi Faccini), Conversa na Sicília, de 1941 (filmado em 1999, com direção de Danièle Huillet e Jean-Marie Strauss) e Erica e seus irmãos, iniciado em 1936 e publicado incompleto em 1954. Faleceu em Milão, em 1966.

Dados Técnicos
Peso: 240g
ISBN: 9788575039649