Cartilha – Martelo-Gabinete e Ferrografia

Descrição

O experimentalismo encontra-se com a criatividade cheia de significado histórico e poético dessa Cartilha. Nas palavras de Francisco Carvalho, a presente obra "não é iguaria para o paladar de iniciantes", mas sim uma composição singular da mais alta poesia. Seus 22 poemas foram escritos com base no alefebetário - alfabeto hebraico cujas letras representam um número e também possuem outro significado.     A origem criativa da obra vem da impressão de signos de identificação de gado de famílias de cristãos-novos no Brasil. Mantendo suas raízes judias, esses criadores ferrografavam símbolos de origem hebraica na coxa direita do gado. Com o incentivo de Ariano Suassuna, a elaboração dos poemas constituiu-se em uma aventura editorial para o autor. Gravar signos antigos foi um processo que incluiu a "xilogravura, alguma coisa de tipografia, um quê de ferrografia, bico-de-pena e escanografia", fazendo do livro um retrato do que o homem já percorreu para imprimir suas idéias no papel.     "Seu poema é um trabalho de fôlego, coisa para poeta. […] uma linguagem que vem seduzindo." - Francisco CarvalhoVirgílio Nunes Maia é advogado militante, poeta e xilógrafo. Autor de vários livros, dentre os quais: Palimpsesto, Inscrição Mural, Via Sacra Sertaneja, Estandartes das Tribos de Israel, Timbre, Rudes Brasões e Recordel.