Descrição
Tradução de Renata Dias Mundt
Ilustrações de Midori Hatanaka
Os cavaleiros da Távola Redonda são uma das sagas
medievais mais conhecidas da literatura, e nunca
deixaram de renovar, ao longo dos séculos, o fascínio
por seus personagens. Personificando a mais alta
patente da cavalaria na corte do rei Artur, no início do
século XIII, tinham como característica a lealdade e a
obstinação em prol da segurança e do bem-estar da
realeza que protegiam. Um deles, no entanto, brilhava
ainda mais por suas inúmeras virtudes: o personagem
que dá título ao livro,
Ivã, o Cavaleiro do Leão.
Sua personalidade guerreira sempre o impele às mais
duras batalhas. Por ser um cavaleiro tão especial, ele não
combate com uma arma qualquer, mas sim com a
Espada Eterna, que não é nem grande nem pequena,
nem leve nem pesada — mas exatamente como deve ser,
pois o melhor de todos cavaleiros só pode empunhar a
melhor de todas as espadas. Assim, nem mesmo um
dragão, com seu hálito de fel, fogo e veneno, é capaz de
intimidar Ivã: um único golpe basta ao poderoso
cavaleiro para abater a horripilante besta-fera.
Mas um verdadeiro cavaleiro não é aquele que apenas
sabe lutar: por ter tido a gentileza de servir vinho à
dama Lunete numa ocasião em que todos os demais a maltrataram por ela ter vencido um
homem num jogo de xadrez — um acinte para os modos da época — Ivã logo seria
recompensado por isso. Ela o retribui quando ele se vê em maus lençóis depois de ter
matado, ainda que em legítima defesa, o senhor do castelo do reino Pertinho. Lunete dá a Ivã
um anel mágico, capaz de tornar invisível a pessoa que o segurar nas mãos. Assim, sem ser
visto dentro do próprio castelo do homem que matou, Ivã conhece Laudine, a viúva, e fica
atônito diante de tão hipnótica beleza. Ele se apaixona imediatamente.
Como soberano do reino Pertinho, Ivã poderia viver dias tranquilos e sem sobressaltos na
companhia da amada Laudine. Mas a missão de um cavaleiro é combater, e assim ele
embarca numa cruzada que inclui uma épica batalha contra um gigante de força descomunal
e tido como invencível, que arranca árvores como os homens arrancam flores. Nosso heróico
cavaleiro ainda trava uma insólita amizade com um leão, sem desconfiar que a maior das aventuras ainda o espera...
É assim, ao tratar de valores como honra e bravura, que essa linda história medieval conserva
seu encanto, cativando leitores de todas as idades. O livro é uma adaptação do romance
homônimo de Hartmann von Aue, poeta alemão do século XIII, que, por sua vez, também
traduzira livremente sua obra a partir do texto original de Chrétien de Troyes (1135-1191),
trovador francês tido como um dos precursores dos romances de cavalaria.
Sobre a autora
Felicitas Hoppe nasceu em 22 de dezembro 1960, em Hamelin, onde cresceu, e desde 1996 vive em
Berlim. Estudou literatura e teologia, e trabalhou com dramaturgia teatral e no
jornalismo. Estreou na literatura em 1991, mas seu primeiro sucesso veio com
Picknick der Friseure [Piquenique dos cabeleireiros, 1996], livro de contos curtos.
Três anos depois, lançou
Pigafetta, livro no qual relata suas viagens a bordo de um
navio cargueiro. Publicou ainda, entre outros títulos, o romance
Johanna [2006],
no qual refaz a figura de Joana D’Arc, combinando realidade e ficção; e
Hoppe
[2012], espécie de “autobiografia ficcional”, em que cria uma vida alternativa para a
personagem Felicitas Hoppe. Em 2012, foi laureada com o Prêmio Georg Büchner,
a mais prestigiosa honraria literária da Alemanha.
Posição #10566 na lista de mais vendidos da Livraria 30porcento.
Dados Técnicos
Páginas: 200
Peso: 301g
ISBN: 9788574482439