O mestre de go, livro de Yasunari Kawabata

O mestre de go

Tradução de Meiko Shimon

O jogo japonês de tabuleiro em que dois adversários tentam encurralar o outro invadindo e controlando seu território é o ponto de partida do autor laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1968. Sua narração da partida histórica de despedida do grande mestre Shusai — originalmente publicada em série de reportagens no jornal Tokyo Nichi-nichi Shimbun — sofreu alterações e foi transformada em obra literária em 1954, tendo sido reconhecida pelo próprio Kawabata como uma de suas obras mais autênticas.

Apesar de jogo de regras si... [Leia mais]
Descrição
Tradução de Meiko Shimon

O jogo japonês de tabuleiro em que dois adversários tentam encurralar o outro invadindo e controlando seu território é o ponto de partida do autor laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1968. Sua narração da partida histórica de despedida do grande mestre Shusai — originalmente publicada em série de reportagens no jornal Tokyo Nichi-nichi Shimbun — sofreu alterações e foi transformada em obra literária em 1954, tendo sido reconhecida pelo próprio Kawabata como uma de suas obras mais autênticas.

Apesar de jogo de regras simples, mas de desenvolvimento extremamente complexo e repleto de sutilezas sempre exploradas pelos adversários, o que fascinaria Kawabata no go são o grande choque psicológico e a estrutura emocional dos jogadores num torneio infindável. A partida levou quase seis meses para chegar ao fim, entre tensões de bastidores, problemas de saúde dos adversários e acordos entre eles e a Associação Japonesa de Go, responsável pelo embate.

Nas expressões dos jogadores, nas regras do jogo e na trajetória do grande mestre, Kawabata vê muito mais do que uma partida monumental, e nos revela o go como uma arte nobre, na qual se encontram, também, o Japão tradicional e o modernizante.

Sobre o autor

Prêmio Nobel de 1968, Yasunari Kawabata é considerado um dos representantes máximos da literatura japonesa do século XX. Nascido em Osaka em 1899, interessou-se por livros ainda adolescente, principalmente clássicos do Japão, que viriam a ser uma de suas grandes inspirações. Kawabata estudou literatura na Universidade Imperial de Tóquio e foi um dos fundadores da Bungei Jidai, revista literária influenciada pelo movimento modernista ocidental, em particular o surrealismo francês. Acompanhado de jovens escritores, defenderia mais tarde os ideais da corrente neossensorialista, que visava uma revolução nas letras japonesas e uma nova estética literária, deixando de lado o realismo em voga no Japão em prol de uma escrita lírica, impressionista, atravessada por imagens nada convencionais. Desgastado por excesso de compromissos, doente e deprimido, Kawabata suicidou-se em 1972.

Sobre o tradutor

Natural de Kyoto, Japão, Meiko Shimon veio ao Brasil aos 12 anos de idade com a família. Mestre em Língua, Literatura e Cultura Japonesa pela USP, foi professora assistente no Departamento de Língua Japonesa do Instituto de Letras da UFRGS, tendo sido aposentada em 2008. Entre os livros que traduziu do japonês destacam-se A casa das belas adormecidas (2004), Kyoto (2006), Contos da palma da mão (2008), O som da montanha (2009), O lago (2010) e A Gangue Escarlate de Asakusa (2013), todos de Yasunari Kawabata feitos para a Estação Liberdade. Além das traduções, tem publicado ensaios e crônicas em publicações japonesas.

Dados Técnicos
Páginas: 224
Peso: 311g
ISBN: 9788574482040