Descrição
Foi no século XVIII, em meio ao clima libertário da Revolução Francesa, que a música popular urbana eclodiu na França. Se nesse país o sentimento patriótico era fonte de inspiração para os novos gêneros musicais, em Portugal os acordes revolucionários que soavam no país próximo foram recebidos com receio e censura pelos governantes, e seriam as novidades originárias de suas colônias, sobretudo o Brasil, que garantiriam o entretenimento da população.
Dos teatros de feira ao cancan, dos batuques de negros ao lundu e à modinha, José Ramos Tinhorão traça um interessante percurso que evidencia o papel determinante da mescla de culturas — seja entre povo e elite, no caso francês, ou entre metrópole e colônia, no caso de Portugal —, para o florescimento das novas tendências musicais.
Partindo como sempre de vasta pesquisa e análise minuciosa, o autor revela, neste A música popular que surge na Era da Revolução, uma faceta pouco abordada desta passagem crucial da história moderna — a estreita ligação entre a virada revolucionária e o advento da música popular urbana.
Sobre o autor
Um dos principais historiadores da música brasileira, José Ramos Tinhorão nasceu em Santos, em 1928, e se criou no Rio de Janeiro. Formou-se na primeira turma do primeiro curso de jornalismo no Brasil. Desde cedo colaborou em diversas publicações, como as revistas Da Semana, Veja e Nova e os jornais Diário Carioca e Jornal do Brasil. Em 1966 estreia em livro com Música popular: um tema em debate e A província e o naturalismo. Desde então, publicou quase trinta livros, boa parte dos quais pela Editora 34.
Seu rico acervo de discos, partituras, fotos e livros foi adquirido pelo Instituto Moreira Salles, que desde 2001 o colocou à disposição dos interessados na Coleção José Ramos Tinhorão.
Posição #6424 na lista de mais vendidos da Livraria 30porcento.
Dados Técnicos
Peso: 218g
ISBN: 9788573264401