O destino das metáforas, livro de Sidney Rocha

O destino das metáforas

editora: ILUMINURAS
assunto:
Por alguma estranha razão a morte que é o motor de todas as repulsas e dos medos humanos não deixa de seduzi-los e a/traí-los. São pequenas tragédias cotidianas que às vezes com um sorriso de Mona sabe emoldurar-se em todos e cada um. Há música estrondo e silêncio no abismo - as histórias deste livro se escrevem nas linhas tortas desse pentagrama. Quem gosta de uma literatura assim música acima de tudo mas não caudatária de nenhum simbolismo se encontrará em espelho de metal nas personagens que vibram como se fossem gente em carne viva. Que se encontra em cada esquina. A frustração a vingan... [Leia mais]
Descrição
Por alguma estranha razão a morte que é o motor de todas as repulsas e dos medos humanos não deixa de seduzi-los e a/traí-los. São pequenas tragédias cotidianas que às vezes com um sorriso de Mona sabe emoldurar-se em todos e cada um. Há música estrondo e silêncio no abismo - as histórias deste livro se escrevem nas linhas tortas desse pentagrama. Quem gosta de uma literatura assim música acima de tudo mas não caudatária de nenhum simbolismo se encontrará em espelho de metal nas personagens que vibram como se fossem gente em carne viva. Que se encontra em cada esquina. A frustração a vingança o desejo e o desejo de fuga e muito mais do turbilhão de emoção e fantasia do nosso tempo estão aí queimando nas páginas deste livro de antiajuda. Desaparecer e fugir tão presentes em mais de um conto não são formas de evasão mas de libertação. Houdinis de fim de festa. A liberdade assim veste uma combinação de "lascívia e abandono" expressão que o narrador emprega e define bem certas figuras. Esses contos- blues alguém dirá são mais que contos são roteiros prontos de cinema o que quer dizer são daquele tipo de literatura inspiradora de outras artes. De maneira tão pungente e viva que um leitor sensível não pode passar incólume. Na verdade o leitor é chamado a ser comparsa ou cúmplice do autor e seus cadáveres esquisitos cheios de tanto lirismo que não seria exagero sentir certo frisson pensando que muitas frases são como alfinetes que mergulham na carne (à Lorca) "até encontrar a raizinha do grito". O grito do fim não é o fim do grito que ainda há um modo mais terrificante - íntimo feito das asas das sereias. "O silêncio é a máquina de Daniel" diz-se no conto que dá título a este livro. Ali como acolá do começo ao fim há mais que metáfora há a metonímia do destino e toda ela tem música. Uma inserta música tatuada nas coisas nas nuvens nos bichos. Por dentro. Mas que música? Blues.

Dados Técnicos
Peso: 210g
ISBN: 9788573213447
Resenhas
resenha:  As veias abertas da metáfora, por Maurício Melo Júnior [jornal rascunho]