O comportamento político de Joaquim Nabuco, livro de Fernando da Cruz Gouvêa

O comportamento político de Joaquim Nabuco

editora: MASSANGANA
“Nabuco é fonte inesgotável de estudos e de inspiração”, diz o autor, que enfoca nesta obra a campanha do abolicionista para deputado pela província de Pernambuco. “Foi sua campanha mais dura, mais áspera e mais bonita”, afirma, informando que pela primeira vez foram realizados comícios ao ar livre em Pernambuco - e Nabuco foi o introdutor da prática. Também foram organizadas “marchas a pé” - o equivalente hoje às passeatas. Foi nesta campanha, diz Fernando em "O comportamento político de Nabuco", que o abolicionista levantou pela primeira vez, publicamente, “a bandeira de uma lei agrária”... [Leia mais]
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Descrição
“Nabuco é fonte inesgotável de estudos e de inspiração”, diz o autor, que enfoca nesta obra a campanha do abolicionista para deputado pela província de Pernambuco. “Foi sua campanha mais dura, mais áspera e mais bonita”, afirma, informando que pela primeira vez foram realizados comícios ao ar livre em Pernambuco - e Nabuco foi o introdutor da prática. Também foram organizadas “marchas a pé” - o equivalente hoje às passeatas. Foi nesta campanha, diz Fernando em "O comportamento político de Nabuco", que o abolicionista levantou pela primeira vez, publicamente, “a bandeira de uma lei agrária”, numa época em que a propriedade da terra não era nem de longe questionada.“Eu, pois, se for eleito, não separarei mais as duas questões - a da emancipação dos escravos e a democratização do solo”, prometeu Nabuco, em um dos seus discursos. “Uma é o complemento da outra. Acabar com a escravidão não nos basta, é preciso destruir a obra da escravidão”. Os atos de Nabuco, nesta campanha, foram realizados no Teatro de Santa Isabel e ao ar livre. Seus discursos seriam depois publicados em livro: Campanha abolicionista no Recife. Embora tenha sido a vida toda um liberal, houve um período em sua vida, de 1877 a 1888, em que ele foi um líder abolicionista defensor de teses radicais para a época. Por isso foi chamado de “anarquista”, “comunista” e “petroleiro” (expressão que hoje equivale a incendiário). Na campanha, o seu radicalismo ganhou mais notoriedade, porque era defendido nas ruas, com o povo, e replicado na imprensa. Em um ato feito no bairro da Madalena, então habitado pelas pessoas de maior renda na cidade, ele foi enfático: “Falo, hoje, no bairro da riqueza do Recife, como domingo passado falei no bairro da miséria. Seja-me permitido dizer que essa riqueza não parece digna de entusiasmo ou admiração a quem contemplou a riqueza dos povos livres, a quem descobre o contraste das duras e sabe que este simulacro de opulência com que nos querem deslumbrar, não exprime senão a miséria e o aviltamente da nação brasileira”. Nabuco venceu a eleição, mas não levou. A eleição foi anulada depois de um conflito na contagem de votos, que resultou em um morto e feridos. Ele disputou novo pleito em janeiro do ano seguinte e se elegeu. O livro de Fernando Gouvêa explica toda esta história e, pela profundidade da pesquisa e escolha do tema, é leitura que enriquece a bibliografia de Joaquim Nabuco (1849-1910).

Dados Técnicos
Páginas: 206
Peso: 383g
ISBN: 9788570196248