A comunidade dos espectros - I. Antropotecnia, livro de Fabián Ludueña Romandini

A comunidade dos espectros - I. Antropotecnia

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"O mundo começou sem o homem e terminará sem ele, e as instituições, os costumes e os usos que a humanidade terá colecionado no curso de sua vida, o museu das figuras que o espírito terá catalogado em sua fenomenologia não são senão as vestimentas desusadas de um vivente que não goza intrinsecamente de nenhuma garantia de imortalidade. Tudo o que denominamos ciência política, neste sentido, não é outra coisa que a oculta remoção desta evidência. Relendo a contrapelo a tradição política, jurídica e teológica do Ocidente, da Grécia antiga até as utopias transhumanistas, este esplêndido livro ... [Leia mais]
Descrição
"O mundo começou sem o homem e terminará sem ele, e as instituições, os costumes e os usos que a humanidade terá colecionado no curso de sua vida, o museu das figuras que o espírito terá catalogado em sua fenomenologia não são senão as vestimentas desusadas de um vivente que não goza intrinsecamente de nenhuma garantia de imortalidade. Tudo o que denominamos ciência política, neste sentido, não é outra coisa que a oculta remoção desta evidência. Relendo a contrapelo a tradição política, jurídica e teológica do Ocidente, da Grécia antiga até as utopias transhumanistas, este esplêndido livro traz à luz a origem impensada de diversas tendências políticas, só aparentemente contraditórias entre si, que modelam o mundo contemporâneo. Sua secreta solidariedade está, com efeito, na tentativa de eliminar toda a animalidade constitutiva do humano.

Contra este otimismo inane e insensato, Fabián Ludueña Romandini reinventa para a filosofia o tom e o olhar com os quais Poe sacudiu e revolucionou a literatura mundial. E demonstra que não há nenhuma cisão originária entre a vida animal e a vida humana. O chamado Homo sapiens é apenas um animal que dotou a si mesmo de antropotecnologias destinadas a dar forma, domesticar, modelar ou mesmo dominar sua própria animalidade constitutiva assim como a de seus congêneres. Para instaurar uma política trans-zoológica e absolutamente humano-técnica que permita alcançar um espaço não-antrópico, será necessário abandonar o último refúgio da onto-teo-logia clássica, o preconceito (pós-) metafísico a favor do vivente."

(Emanuele Coccia)

Dados Técnicos
Páginas: 303
Peso: 300g
ISBN: 9788563003058