Esperanças, livro de Paolo Rossi

Esperanças

editora: UNESP
Nesta pequena obra Paolo Rossi convida o leitor a refletir sobre esperança, sentimento que parece acompanhar o ser humano desde os primórdios, assumindo diferentes facetas ao longo dos tempos. Após discorrer criticamente sobre os diversos conceitos de esperança, abordando inclusive a desesperança, ele sugere que se cultive apenas esperanças “sensatas”. Para o filósofo, o mundo é por natureza desigual e por isso estaria eternamente sujeito a conflitos, o que torna a “Grande Esperança” uma simples e ingênua quimera. Mas esse mesmo mundo vem promovendo conquistas inquestionáveis e de forma ace... [Leia mais]
Descrição
Nesta pequena obra Paolo Rossi convida o leitor a refletir sobre esperança, sentimento que parece acompanhar o ser humano desde os primórdios, assumindo diferentes facetas ao longo dos tempos. Após discorrer criticamente sobre os diversos conceitos de esperança, abordando inclusive a desesperança, ele sugere que se cultive apenas esperanças “sensatas”. Para o filósofo, o mundo é por natureza desigual e por isso estaria eternamente sujeito a conflitos, o que torna a “Grande Esperança” uma simples e ingênua quimera. Mas esse mesmo mundo vem promovendo conquistas inquestionáveis e de forma acelerada para um número cada vez maior de pessoas, ambiente que desmonta igualmente as previsões apocalípticas. No primeiro dos três capítulos da obra, “Sem esperanças”, Rossi faz um rico apanhado da literatura apocalítptica e catastrófica. Questiona os intelectuais “masoquistas” e a autocondenação do Ocidente – que, acredita, embute um sentimento de superioridade, mais do que de remissão. E dedica algumas páginas, inclusive, ao catastrofismo do momento, o aquecimento global, defendendo, de maneira muito bem fundamentada, que, embora seja incontestável, não há provas de que o fenômeno decorre da atividade humana. No segundo capítulo, “Esperanças desmedidas”, o filósofo fala sobre o apego a um tipo oposto de expectativa quanto ao futuro. Ele questiona os paraísos imaginários, o mito do homem novo, a recente ideologia do transhumanismo, as ideologias – que a seu modo também prometem uma espécie de éden. Enfim, questiona a “Grande Esperança”. O terceiro capítulo é dedicado à defesa da adesão às “esperanças sensatas”. Esta seria a medida possível de esperança, diante da inevitabilidade das contendas num mundo povoado por diferenças. Em tal ambiente, o filósofo propõe que se busque estabelecer “pazes”, em vez de almejar por uma questionável paz universal e perene. Contrapondo-se aos catastróficos, místicos e “xamãs fantasiados de filósofos”, ele lembra as virtuosas conquistas da época contemporânea que, embora não alcancem “todos” os seres humanos, vêm se expandindo rapidamente, assim como o regime político sob o qual se desenvolvem – a democracia.

Dados Técnicos
Páginas: 120
Peso: 140g
ISBN: 9788539304646