Crise financeira internacional, A, livro de Ferrari Filho , Fernando (Organizador) e Paula , Luiz Fernando de

Crise financeira internacional, A

editora: UNESP
A atual crise financeira internacional pode ter desfecho menos dramático em relação ao da grande depressão de 1930, cuja solução definitiva foi o choque de demanda imprimido pela Segunda Guerra Mundial? Qual é o vínculo entre o desmonte das previdências públicas e a longa duração do colapso? O "Novo Brasil" resistiria a uma onda especulativa contra o real? Que cicatrizes este período deixará na economia e liderança dos Estados Unidos? Questões candentes como estas permeiam todas as 207 páginas desta obra. Indispensável para a compreensão das origens, dos desdobramentos e das conseqüências d... [Leia mais]
Descrição
A atual crise financeira internacional pode ter desfecho menos dramático em relação ao da grande depressão de 1930, cuja solução definitiva foi o choque de demanda imprimido pela Segunda Guerra Mundial? Qual é o vínculo entre o desmonte das previdências públicas e a longa duração do colapso? O "Novo Brasil" resistiria a uma onda especulativa contra o real? Que cicatrizes este período deixará na economia e liderança dos Estados Unidos? Questões candentes como estas permeiam todas as 207 páginas desta obra. Indispensável para a compreensão das origens, dos desdobramentos e das conseqüências da crise deflagrada em 2007, o livro reúne uma série de artigos de 35 autores brasileiros e estrangeiros, compilados de dois dossiês elaborados entre 2008 e 2010 pela Associação Keynesiana Brasileira. Os textos demonstram a derrocada, em meio à catástrofe, de dogmas neoliberiais dos mais sagrados, como o Estado mínimo e a capacidade de autorregulamentação dos sistemas financeiros, além de, sob tais circunstâncias, a globalização econômica como geradora de prosperidade. A própria crise é prova da nocividade dos mercados autônomos. Já a ação intervencionista dos Estados nacionais para enfrentá-la desmonta os argumentos emfavor do Estado mínimo - para evitar uma nova grande depressão, os países adotaram medidas de natureza fiscal e monetária, injetaram liquidez e capital nos sistemas financeiros e reduziram de forma sincronizada a taxa básica de juros. A partir desse cenário, dissecado nestes textos, é inevitável concluir que a crise internacional é intrínseca à operação normal dos mercados financeiros e do modelo neoliberal, e não mera anomalia. E que, pelo menos no caso do Brasil, a ação contracíclica dos bancos públicos - em confronto com o receituário neoliberal - foi importante para manter a economia longe do olho do furacão. Mas que caminhos o mundo deveria tomar agora? Esta obra demonstra que nenhuma das quatro dimensões da crise, que demandam respostas firmes, foi equacionada ainda: a superprodução, o subconsumo, a depredação dos recursos naturais e as finanças especulativas. E sugere que tais questões só podem ser enfrentadas por um governo global ousado, capaz se promover uma verdadeira cooperação global. Sem isso, os mecanismos de arbitragem de soma zero remanescentes da era neoliberal podem demolir o que resta de prosperidade no mundo - inclusive na China.

Dados Técnicos
Páginas: 224
Peso: 256g
ISBN: 9788539303649