Paradoxos da modernidade - Cultura e conduta na teoria de Max Weber

Descrição

16 x 23 cm - 384 páginas

Nesta obra, editada pela primeira vez em português, Wolfgang Schluchter, um dos mais renomados estudiosos de Max Weber, analisa de forma abrangente a visão sobre a modernidade do pensador alemão. O livro se compõe de quatro ensaios crítico analíticos dos principais textos de Weber e de estudos esparsos que ele fez sobre economia das religiões, além de um panorama, que busca esmiuçar o programa de investigação weberiano.

Nos ensaios Schluchter retoma e aprofunda suas análises anteriores dos discursos Ciência como vocação e Política como vocação, que ele considera essenciais para a compreensão da posição de Weber a respeito de questões centrais da cultura moderna. “Weber não só enfrentou o problema do sentido no mundo moderno; ele também foi guiado pela questão de como esse mundo se produziu”, escreve.

O autor ainda revisita os estudos nunca concluídos de Weber sobre a ética econômica das principais religiões, que incluiriam uma investigação sobre o Islã. E lembra que dessas observações esparsas surge uma imagem incompleta e até tendenciosa, que, no entanto, não representam uma tentativa de Weber de demonstrar a existência de um homo islamicus ou a superioridade do Ocidente sobre o Oriente.

O esforço de Schlutchter para dar mais consistência a este livro, em comparação com seus trabalhos anteriores sobre a produção de Weber, inclui, sobretudo, um mergulho na questão da ética weberiana e uma ênfase na pouco reconhecida dimensão filosófica de sua obra.

No texto que encerra o livro, o autor aborda o que chama de “tríade conceitual” de Weber (Ação, ordem e cultura), com a qual busca reconstruir e ampliar o programa de investigação do pensador que, conforme Schluchter, mescla os problemas metodológicos com aqueles relacionados à teoria da ação.