Tarde, livro de Paulo Henriques Britto

Tarde

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A exemplo de Macau, livro anterior de Paulo Henriques Britto, Tarde é composto de poemas em que a ironia e a metalinguagem convivem com o extremo rigor compositivo.

O processo de criação é um tema caro ao autor. Seus versos denotam uma reflexão meticulosa sobre o fazer poético, mas extraem força justamente da aceitação de que o conhecimento teórico não esgota as possibilidades de sentido.

Entre as vertentes arcaizantes, defensoras das formas poéticas canônicas, e os adeptos do verso livre, Britto consegue uma rara conciliação: apesar de rimados e metrificados ... [Leia mais]
Descrição
A exemplo de Macau, livro anterior de Paulo Henriques Britto, Tarde é composto de poemas em que a ironia e a metalinguagem convivem com o extremo rigor compositivo.

O processo de criação é um tema caro ao autor. Seus versos denotam uma reflexão meticulosa sobre o fazer poético, mas extraem força justamente da aceitação de que o conhecimento teórico não esgota as possibilidades de sentido.

Entre as vertentes arcaizantes, defensoras das formas poéticas canônicas, e os adeptos do verso livre, Britto consegue uma rara conciliação: apesar de rimados e metrificados com minúcia, seus poemas são coloquiais e bem-humorados como na melhor tradição modernista. "Perdão se sou existente - perdão! Quis dizer 'insistente', diz num dos poemas de "Sete peças acadêmicas". O tom elevado encontra sempre um contrapeso no chiste e na autoparódia.

Os entraves para uma comunicação efetiva com o leitor - não apenas decorrentes das limitações da linguagem, mas do próprio estatuto acanhado da poesia no país - e a inadaptação ao mundo, expressa em poemas como "Para um monumento ao antidepressivo", constituem núcleos temáticos igualmente centrais em Tarde.

Tradutor entre os mais prestigiados do país, Britto consolida com este livro lugar de igual destaque na literatura brasileira.

Sobre o autor

Paulo Henriques Britto nasceu no Rio de Janeiro em 1951. Poeta, contista, ensaísta, professor e um dos principais tradutores brasileiros da língua inglesa, formou-se em português e inglês pela PUC-Rio. É professor de tradução, criação literária e literatura brasileira na PUC-Rio, onde também defendeu mestrado em língua portuguesa. Em 2002, recebeu o título de Notório Saber na mesma instituição. Morou nos Estados Unidos em dois períodos, no começo dos anos 1960, ainda menino, e no começo dos anos 1970, quando estudou cinema em San Francisco. Como poeta, estreou em 1982, com Liturgia da matéria. Depois, vieram os volumes de poesia Mínima lírica (1989), Trovar claro (Prêmio Alphonsus de Guimaraens da Fundação Biblioteca Nacional, 1997), Macau (Prêmio Portugal Telecom, 2004) e Tarde (2007). Publicou também os contos de Paraísos artificiais (2004) e Eu quero é botar meu bloco na rua (2009), sobre a música de Sérgio Sampaio. Já traduziu cerca de cem livros, entre eles volumes de poesia de Byron, Elizabeth Bishop e Wallace Stevens, e romances de William Faulkner (O som e a fúria). Recebeu o Prêmio Paulo Rónai da Fundação Biblioteca Nacional (1995) pela tradução de A mecânica das águas (Companhia das Letras), de E. L. Doctorow. Também verteu para o inglês obras de autores brasileiros como Luiz Costa Lima e Flora Süssekind.

Dados Técnicos
Peso: 121g
ISBN: 9788535910438


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