Paraísos artificiais, livro de Paulo Henriques Britto

Paraísos artificiais

A prosa precisa e flexível do poeta Paulo Henriques Britto não é novidade para o leitor brasileiro: como tradutor notável do que há de melhor nas literaturas de língua inglesa, ele é presença obrigatória em qualquer prateleira que se preze. No campo da poesia, acabou de ganhar o Prêmio Portugal Telecom de Literatura, um dos mais prestigiados do país. Agora, com os contos de Paraísos artificiais, sua estréia na ficção, ele se afirma como criador de um universo próprio, feito de uma prosa límpida que, parecendo coloquial e transparente, não perde tempo ao capturar e expor seus objetos.
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Descrição
A prosa precisa e flexível do poeta Paulo Henriques Britto não é novidade para o leitor brasileiro: como tradutor notável do que há de melhor nas literaturas de língua inglesa, ele é presença obrigatória em qualquer prateleira que se preze. No campo da poesia, acabou de ganhar o Prêmio Portugal Telecom de Literatura, um dos mais prestigiados do país. Agora, com os contos de Paraísos artificiais, sua estréia na ficção, ele se afirma como criador de um universo próprio, feito de uma prosa límpida que, parecendo coloquial e transparente, não perde tempo ao capturar e expor seus objetos.

Seja qual for o cenário - a cidade grande, o estrangeiro ou a provinciana São Dimas -, os relatos deste volume capturam sempre situações extremas - que podem ser uma doença sem nome ou um mero ônibus errado - e encontros embaraçosos - quase sempre do protagonista consigo mesmo. Os pretextos podem ser mínimos, até mesmo banais, mas os impasses que logo se criam não têm nada de trivial. Em contos desde já antológicos, como "Uma visita", "Um criminoso" e "O primo", a mão firme de Britto conduz seus heróis e narradores a visões nuas e dolorosas de si mesmos: mais alheios, mais tortuosos, mais covardes do que gostariam de ser.

Completa o volume a novela "Os sonetos negros", deliciosa farsa literária ao sabor de Henry James, "diário" de uma viagem de iniciação, de um desencontro que põe em xeque as certezas do politicamente correto e expõe um jovem estudante às surpresas que a vida e a literatura não param de tramar.

Sobre o autor

Paulo Henriques Britto nasceu no Rio de Janeiro em 1951. Poeta, contista, ensaísta, professor e um dos principais tradutores brasileiros da língua inglesa, formou-se em português e inglês pela PUC-Rio. É professor de tradução, criação literária e literatura brasileira na PUC-Rio, onde também defendeu mestrado em língua portuguesa. Em 2002, recebeu o título de Notório Saber na mesma instituição. Morou nos Estados Unidos em dois períodos, no começo dos anos 1960, ainda menino, e no começo dos anos 1970, quando estudou cinema em San Francisco. Como poeta, estreou em 1982, com Liturgia da matéria. Depois, vieram os volumes de poesia Mínima lírica (1989), Trovar claro (Prêmio Alphonsus de Guimaraens da Fundação Biblioteca Nacional, 1997), Macau (Prêmio Portugal Telecom, 2004) e Tarde (2007). Publicou também os contos de Paraísos artificiais (2004) e Eu quero é botar meu bloco na rua (2009), sobre a música de Sérgio Sampaio. Já traduziu cerca de cem livros, entre eles volumes de poesia de Byron, Elizabeth Bishop e Wallace Stevens, e romances de William Faulkner (O som e a fúria). Recebeu o Prêmio Paulo Rónai da Fundação Biblioteca Nacional (1995) pela tradução de A mecânica das águas (Companhia das Letras), de E. L. Doctorow. Também verteu para o inglês obras de autores brasileiros como Luiz Costa Lima e Flora Süssekind.

Dados Técnicos
Peso: 201g
ISBN: 9788535905915


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