A DITADURA ENCURRALADA (O SACERDOTE E O FEITICEIRO), livro de Elio Gaspari

A DITADURA ENCURRALADA (O SACERDOTE E O FEITICEIRO)

A ditadura encurralada, quarto livro de Elio Gaspari, narra o processo de isolamento político que o presidente Ernesto Geisel e seu chefe do Gabinete Civil, Golbery do Couto e Silva, impuseram à linha dura do regime militar. Nos mil dias que transcorreram entre o final da censura ao jornal O Estado de S. Paulo, pouco depois da derrota eleitoral de 1974 (episódio narrado no terceiro volume da série), e a demissão do general Sylvio Frota, em 77, Geisel e Golbery se viram emparedados entre os representantes mais radicais da máquina repressiva e os movimentos sociais, que ganhavam novo fôlego. ... [Leia mais]
Descrição
A ditadura encurralada, quarto livro de Elio Gaspari, narra o processo de isolamento político que o presidente Ernesto Geisel e seu chefe do Gabinete Civil, Golbery do Couto e Silva, impuseram à linha dura do regime militar. Nos mil dias que transcorreram entre o final da censura ao jornal O Estado de S. Paulo, pouco depois da derrota eleitoral de 1974 (episódio narrado no terceiro volume da série), e a demissão do general Sylvio Frota, em 77, Geisel e Golbery se viram emparedados entre os representantes mais radicais da máquina repressiva e os movimentos sociais, que ganhavam novo fôlego. A morte do jornalista Vladimir Herzog e as manifestações estudantis de 77 haviam levado os militares a um impasse que Geisel resolveu à sua maneira: reforçando o poder em suas mãos e enfraquecendo a musculatura do regime. Nas palavras de Gaspari, "queria menos ditadura tornando-se mais ditador".

Para escrever A ditadura encurralada, Elio Gaspari valeu-se de um precioso arquivo de papéis e gravações confidenciais reunidos por Golbery e pelo secretário particular de Geisel, Heitor Ferreira. O Sacerdote (Geisel) e o Feiticeiro (Golbery) são perfilados num texto de impressionante densidade narrativa, que completa o relato iniciado em A ditadura derrotada e conta, em detalhes inéditos, questões de Estado como o apoio brasileiro a um dos grupos de guerrilheiros em Angola, ou as complicadas relações dos militares com o governo americano. Como diz o jornalista Mário Magalhães no texto "Mil dias", "Geisel passa de vilão a herói e a vilão de novo a cada página. Hamletiano, encarnava e sintetizava as contradições do regime militar (1964-85) na sua terceira crise".


Dados Técnicos
Peso: 896g
ISBN: 9788535905090