História da leitura e protestantismo brasileiro, livro de João Leonel

História da leitura e protestantismo brasileiro

editora: PAULINAS
assunto:
É o livro, considerado e recebido como sagrado, que permite não apenas a continuidade das práticas religiosas, mas a manutenção da memória coletiva. As principais religiões monoteístas são conhecidas como “religiões do livro” - compartilham não apenas determinados personagens, locais sagrados, tradições, mas especialmente uma ligação víscera com o livro. É ele que, considerado e recebido como sagrado, permite não apenas a continuidade das práticas religiosas, mas a manutenção da memória coletiva. Embora não deseje negar a importância da interpretação do ponto de vista da fé e da prática rel... [Leia mais]
Descrição
É o livro, considerado e recebido como sagrado, que permite não apenas a continuidade das práticas religiosas, mas a manutenção da memória coletiva. As principais religiões monoteístas são conhecidas como “religiões do livro” - compartilham não apenas determinados personagens, locais sagrados, tradições, mas especialmente uma ligação víscera com o livro. É ele que, considerado e recebido como sagrado, permite não apenas a continuidade das práticas religiosas, mas a manutenção da memória coletiva. Embora não deseje negar a importância da interpretação do ponto de vista da fé e da prática religiosa, não é essa a preocupação da obra História da Leitura e Protestantismo Brasileiro. O autor, o teólogo e professor João Leonel, objetiva analisar não como deve se dar a interpretação, mas como a comunidade protestante pratica a leitura. Para tanto, apresenta hipóteses a respeito das razões que conduzem a prática e vale-se de vários referenciais teóricos, o mais importante deles a história da leitura, abordagem multidisciplinar que envolve especialmente historiadores culturais, sociólogos e teóricos literários, e enfoca a leitura como prática cultural. Como fundamentação teórica e introdução aos demais capítulos, o primeiro apresenta a contribuição do filósofo e hermeneuta Paul Ricoeur e do historiador cultural Roger Chartier, para as discussões relacionadas aos conceitos, respectivamente, “texto” e “leitor”. O segundo descreve a introdução, pelos primeiros missionários a se estabelecerem em solo pátrio, em meados do século XIX, do livro O peregrino, de John Bunyan, obra que se tornou uma espécie de manual para a compreensão da Bíblia. O terceiro capítulo discorre sobre a importância das citações das obras de John Foster, ensaísta inglês do século XIX, no diário de Ashbel Green Simonton, missionário norte-americano, fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil. Partindo do pressuposto de que a leitura da Bíblia é uma atividade central para a comunidade protestante, o quarto capítulo analisa liturgias de cultos presbiterianos contemporâneos procurando identificar: a recorrência de determinados textos e em que situações litúrgicas são utilizados; e como a ênfase em algumas passagens bíblicas pode produzir uma visão particular de Deus, da sociedade e do próprio protestante como indivíduo. Com o objetivo de traçar o perfil dos leitores presbiterianos, o último capítulo investiga anotações de leituras em relatórios dos pastores e aspectos relacionados a leituras religiosas e não religiosas, autores lidos, temas escolhidos, gênero, etc.

Dados Técnicos
Páginas: 192
Peso: 200g
ISBN: 9788535626285