Descrição
Como esse acontecimento singular e efêmero que é o aparecimento de uma imagem poética singular pode reagir em outras almas, apesar de todas as barreiras do senso comum, de todos os pensamentos sensatos, felizes em sua imobilidade? É a essas questões que Gaston Bachelard tenta responder nesse ensaio sobre fenomenologia e a possibilidade de uma
filosofia da poesia.
"A filosofia contemporânea de língua francesa - e a fortiori a psicologia - quase não utiliza a dualidade das palavras alma e espírito. Por isso, ambas são um tanto surdas com relação a temas, tão numerosos na filosofia alemã, em que a distinção entre o espírito e a alma (der Geist e die Seele) é tão nítida. Mas já que uma filosofia da poesia deve receber todas as forças do vocabulário, ela nada deve simplificar, nada enrijecer. Para tal filosofia, espírito e alma não são sinônimos. Tomando-os como sinônimos, incapacitamo-nos para traduzir textos preciosos, deformamos documentos fornecidos pela arqueologia das imagens. A palavra alma é uma palavra imortal. Em certos poemas ela é indelével. Uma palavra do alento. Por si só, a importância vocal de uma palavra deve prender a atenção de um fenomenólogo da poesia. A palavra alma pode ser dita poeticamente com tal convicção que envolve todo um poema. Portanto, o registro poético que corresponde à alma deve ficar aberto às nossas indagações fenomenológicas."
O livro é dividido em 10 capítulos e uma introdução:
I. A Casa. Do porão ao sótão. O sentido da cabana
II. Casa e universo
III. A gaveta, os cofres o os armários
IV. O ninho
V. A concha
VI. Os cantos
VII. A miniatura
VIII. A imensidão íntima
IX. A dialética do exterior e do interior
X. A fenomenologia do redondo
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verbete Gaston Bachelard da Wikipedia.
Posição #29892 na lista de mais vendidos da Livraria 30porcento.
Dados Técnicos
Peso: 310g
ISBN: 9788533602342