DIARIO DE TRABALHO (1938-1941) VOL. 1, livro de Bertolt Brecht

DIARIO DE TRABALHO (1938-1941) VOL. 1

editora: ROCCO
assunto:
Diarista compulsivo, Bertolt Brecht (1898-1956) começou cedo a encher páginas e páginas de cadernos com o registro de impressões, fatos, acontecimentos e reflexões relacionados com seu dia-a-dia. Em 1913, aos 15 anos, havia composto seu primeiro Tagebuch, cujos manuscritos, encontrados na década de 1980, foram publicados em fac-símile pela editora Suhrkamp, em 1989. Dois outros diários, editados na década de 1970, detalham a vida do escritor e dramaturgo alemão: o primeiro, do período de 1920 a 1922, e o segundo, o Diário de trabalho (Arbeitsjournal), como passou a ser denominado, que se in... [Leia mais]
Descrição
Diarista compulsivo, Bertolt Brecht (1898-1956) começou cedo a encher páginas e páginas de cadernos com o registro de impressões, fatos, acontecimentos e reflexões relacionados com seu dia-a-dia. Em 1913, aos 15 anos, havia composto seu primeiro Tagebuch, cujos manuscritos, encontrados na década de 1980, foram publicados em fac-símile pela editora Suhrkamp, em 1989. Dois outros diários, editados na década de 1970, detalham a vida do escritor e dramaturgo alemão: o primeiro, do período de 1920 a 1922, e o segundo, o Diário de trabalho (Arbeitsjournal), como passou a ser denominado, que se inicia em julho de 1938 e se estende até julho de 1955. Ao contrário dos dois primeiros, escritos à mão, este diário foi escrito à máquina pelo próprio Brecht, em laudas avulsas.

Diário de trabalho também dá conta das vicissitudes de um longo exílio. Adversário do regime nazista, que se instala na Alemanha após a ascensão de Hitler ao poder, em 1933, Brecht é forçado a se exilar, acompanhado da mulher, a atriz Helene Weigel, e dos filhos, Stefan e Barbara. Primeiro na França e depois na Dinamarca, Suécia e Finlândia, de onde finalmente emigra para os Estados Unidos. Permanece na América até 1947, quando a caça às bruxas, desencadeada pelo macarthismo, rechaça-o de lá. De novo na Europa, os Brecht passam algum tempo na Suíça e, por fim, se estabelecem em Berlim.

É no período compreendido neste primeiro volume (1938-1941) que Brecht planeja e escreve algumas de suas peças mais significativas: Mãe Coragem e seus filhos, Terror e miséria do Terceiro Reich, O Sr. Puntilla e seu criado Matti, e A alma boa de Sé-Tsuan.

Paralelamente, Brecht nos fala de seus companheiros de exílio, de sua família e do momento político vivido pela Europa. Suas antenas captam o sentido dos movimentos das nações que vão se enfrentar a partir de setembro de 1939, quando tem início oficialmente a Segunda Guerra Mundial, e, embora distante do teatro da luta, seus comentários tocam sempre em pontos fundamentais, tornados claros para quem, como ele, pensa o mundo e a história dialeticamente.

Além disso, a inserção do diarista no tempo que passa é acentuada por uma iconografia montada no calor da hora e constituída de reportagens, crônicas, notícias, manchetes e fotografias recortadas de jornais e revistas e coladas nas laudas entre os textos. Estas características fazem do diário um documento extraordinário do século XX.

Dados Técnicos
Peso: 250g
ISBN: 9788532512925