Melhores Poemas Tomás Antônio Gonzaga, livro de Alexandre Eulalio Pimenta da Cunha

Melhores Poemas Tomás Antônio Gonzaga

editora: GLOBAL
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Marília de Dirceu, publicado em 1792, o livro de amor mais lido da língua portuguesa, conta em versos graciosos e gentis a história dos amores do poeta cinqüentão Tomás Antonio Gonzaga e de sua noiva adolescente, Maria Dorotéa Joaquina de Seixas, vivido no ambiente festeiro de Vila Rica, nos dias que antecederam a Inconfidência Mineira.

O livro tocou em cheio a sensibilidade do povo, as liras foram logo musicadas e cantadas "em serestas de esquinas e árias de salão, daí se espraiando pouco a pouco em mancha de óleo, no Reino e nos Domínios, dos serões de província aos m... [Leia mais]
Descrição
Marília de Dirceu, publicado em 1792, o livro de amor mais lido da língua portuguesa, conta em versos graciosos e gentis a história dos amores do poeta cinqüentão Tomás Antonio Gonzaga e de sua noiva adolescente, Maria Dorotéa Joaquina de Seixas, vivido no ambiente festeiro de Vila Rica, nos dias que antecederam a Inconfidência Mineira.

O livro tocou em cheio a sensibilidade do povo, as liras foram logo musicadas e cantadas "em serestas de esquinas e árias de salão, daí se espraiando pouco a pouco em mancha de óleo, no Reino e nos Domínios, dos serões de província aos mais remotos povoados da roça", informa Alexandre Eulálio no prefácio aos Melhores Poemas Tomás Antônio de Gonzaga.

O poema de amor de Dirceu e da bela Marília divide-se em dois motivos: esperança e desilusão. O primeiro está expresso nos dias de alegria, quando os noivos planejam um futuro de ventura, e o poeta, na deliciosa linguagem dos árcades, insiste em amenizar a diferença de idades, lembrando que não era um vaqueiro qualquer, mas um pastor de posses, e que se encontrava no vigor da força varonil: "Eu vi o meu semblante numa fonte:/ dos anos inda não está cortado;/ os pastores, que habitam este monte,/ respeitam o poder do meu cajado". Como se vê, sob o lirismo delicado do poeta, pulsa um erotismo ardente.

Como o casamento tardasse, o poeta se inquieta e lembra à amada a fugacidade de tudo: "Minha bela Marília, tudo passa;/ a sorte deste mundo é mal segura;/ se vem depois dos males a ventura./ vem depois dos prazeres a desgraça".

Os versos eram proféticos. Descobertos os planos de conspiração, preso o poeta, o desalento domina seus versos, escritos na prisão, mas ele procura se manter acima das desgraças: "Eu tenho um coração maior que o mundo!". Não tinha. Exilado em Moçambique, trata de se ajustar à nova situação, casa-se, mas nunca mais escreve versos de amor. A saudade de Marília talvez o impedisse.






Dados Técnicos
Peso: 360g
ISBN: 9788526003460