Melhores Poemas Mário de Andrade, livro de Gilda de Mello e Souza

Melhores Poemas Mário de Andrade

editora: GLOBAL
assunto:
A evolução poética de Mário de Andrade (1893-1945) exemplifica a própria evolução da poesia no Brasil e a sua renovação (comandada pelo próprio poeta), no período entre o final da Primeira Guerra Mundial e os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial.

Um período conturbado, do qual Mário extrai os poemas, de gosto parnasiano-simbolista, e o título de seu primeiro livro, Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917).

A renovação artística que se processa no mundo, a libertação de fôrmas e fórmulas assinalam Paulicéia Desvairada, publicada no ano da Semana ... [Leia mais]
Descrição
A evolução poética de Mário de Andrade (1893-1945) exemplifica a própria evolução da poesia no Brasil e a sua renovação (comandada pelo próprio poeta), no período entre o final da Primeira Guerra Mundial e os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial.

Um período conturbado, do qual Mário extrai os poemas, de gosto parnasiano-simbolista, e o título de seu primeiro livro, Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917).

A renovação artística que se processa no mundo, a libertação de fôrmas e fórmulas assinalam Paulicéia Desvairada, publicada no ano da Semana de Arte Moderna (1922), no qual a poesia liberta da métrica permite o pleno fluxo do subconsciente, regulado pela inteligência, mas também a reflexão sobre o mundo em que o poeta vive, que ora o comove, ora o irrita, do qual é exemplo típico a Ode ao Burguês ("Eu insulto o burguês! O burguês níquel,/ o burguês-burguês").

As experiências da primeira fase modernista, muito além do simples verso livre, marcam Losango Cáqui (1926) e Clã do Jabuti, nos quais a linguagem se abrasileira, sem método, numa saudável bagunça, na qual coabitam lado a lado expressões e termos típicos de várias regiões do país.

Dominada a linguagem popular, o poeta aspira à universalidade, afasta-se dos "aspectos belicosos do modernismo", como observa Gilda de Mello e Sousa no prefácio aos Melhores Poemas Mário de Andrade, dá um piparote no anedótico e no circunstancial, preservando a liberdade de ritmo e de rima. O resultado é Remate de Males (1930), a obra mais madura do poeta e na qual mais se interroga a si mesmo ("Eu sou trezentos, sou trezentos e cincoenta").

Poesias (1941) são importantes pela seleção que o poeta faz de sua própria obra. Lira Paulistana (1946), contém um poema essencial de Mário, Meditação do Tietê; escrito dias antes de morrer, balanço de uma vida e confissão do cansaço de tudo: "Eu me acho tão cansado em meu furor".







Dados Técnicos
Peso: 260g
ISBN: 9788526001954